Futura estreia “Meu Olhar”, série com 24 curtas de jovens da periferia de SP. Iniciativa da co. liga promove diversidade e inclusão no audiovisual

No dia 29 de janeiro, às 21h55, o Futura estreia a série “Meu Olhar”, que vai exibir 24 curtas criados por jovens da periferia do estado de São Paulo, finalistas do projeto de mesmo nome, lançado em 2022. A proposta da iniciativa foi promover a diversidade no setor audiovisual mediante a qualificação profissional gratuita de jovens talentos, realizada pela co. liga, escola virtual que busca promover a inclusão de juventudes no campo da Economia Criativa.

Foi dada prioridade a pessoas negras e/ou indígenas, mulheres, mães solo e pessoas transgênero da região, estimulando a formação profissional e visões de mundo que valorizam a cultura e a criatividade por meio do curta-metragem. O projeto “Meu Olhar – Filmes curtos feitos pela Juventude Periférica de São Paulo” foi uma iniciativa criada a partir da cooperação técnica e financeira entre a Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI), a Fundação Roberto Marinho (FRM), representadas pela co. liga, e a Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo S.A (Spcine).

Com mais de mil inscritos, que, durante oito meses, passaram por um processo de formação audiovisual totalmente gratuito, foram selecionados 120 projetos que conquistaram uma bolsa de R$ 3 mil cada para a produção dos curtas. Destes, 24 filmes de até 5 minutos cada foram escolhidos como finalistas do edital e agora serão exibidos no Canal.

A juventude da periferia é, sobretudo, preta e parda. Embora o acesso aos meios de produção venha aumentando nos últimos anos, ainda faltam oportunidades de capacitação qualificada para que possam entrar no mercado de audiovisual por meio de suas produções. Jovens transgênero (trans, travestis, não binários) de regiões mais vulneráveis e negros encontram ainda mais uma barreira de entrada, devido a sua identidade de gênero.

“O projeto ‘Meu Olhar’ é um excelente estímulo para que jovens de regiões de periferia tenham a oportunidade de se qualificar profissionalmente e sonhar com um futuro promissor. Curtas-metragens podem ser porta de entrada para o mercado, uma vez que sensibilizam de forma criativa quem pouco teve contato com o audiovisual, ajudam a formar portfólio consistente, circulam por festivais (nacionais e internacionais) projetando o realizador, além de serem excelentes exercícios de linguagem audiovisual para iniciantes”, reforça José Brito, Gerente do Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho.

Plataforma para inclusão produtiva de jovens

A co. liga, que teve participação fundamental na formação dos jovens do projeto ‘Meu Olhar’, é uma escola digital que oferece cursos gratuitos e outras oportunidades na área por meio de uma plataforma digital, conectando jovens, profissionais e empresas de diferentes áreas de atuação. São oferecidos cursos de curta duração nos segmentos de música, artes visuais, design, multimídia, patrimônio, tecnologia e produção cultural, mentorias com profissionais, oportunidades de trabalho e programação cultural. O conteúdo pode ser acessado no site da co. liga.

Sobre a Spcine

A Spcine é uma empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo. Atua como um escritório de desenvolvimento, financiamento e implementação de programas e políticas para os setores de cinema, TV, games e novas mídias. Seu objetivo é reconhecer e estimular o potencial econômico e criativo do audiovisual paulista, além do seu impacto em âmbito cultural e social.

Sobre a Fundação Roberto Marinho

A Fundação Roberto Marinho inova, há mais de 40 anos, em soluções de educação para não deixar ninguém para trás. Promove, em todas as suas iniciativas, uma cultura de educação de forma encantadora, inclusiva e, sobretudo, emancipatória, em permanente diálogo com a sociedade. Desenvolve projetos voltados para a escolaridade básica e para a solução de problemas educacionais que impactam nas avaliações nacionais, como distorção idade-série, evasão escolar e defasagem na aprendizagem.

A Fundação realiza, de forma sistemática, pesquisas que revelam os cenários das juventudes brasileiras. A partir desses dados, políticas públicas podem ser criadas nos mais diversos setores, em especial, na educação. Incentivar a inclusão produtiva de jovens no mundo do trabalho também está entre as suas prioridades, assim como a valorização da diversidade e da equidade. Com o Canal Futura fomenta, em todo o país, uma agenda de comunicação e de mobilização social, com ações e produções audiovisuais que chegam ao chão da escola, a educadores, aos jovens e suas famílias, que se apropriam e utilizam seus conteúdos educacionais. Mais informações no Portal da Fundação Roberto Marinho.

Sobre a Organização de Estados Ibero-americanos (OEI)

Sob o lema “Fazemos a cooperação acontecer”, a Organização de Estados Ibero- Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) é, desde 1949, o primeiro organismo intergovernamental para a cooperação Sul-Sul no espaço ibero-americano. Atualmente, fazem parte do organismo 23 Estados-Membros, possui 19 escritórios nacionais, além da Secretaria-Geral, sediada em Madrid.

Com mais de 400 projetos ativos com entidades públicas, universidades, organizações da sociedade civil, empresas e outros organismos internacionais, a OEI representa uma das maiores redes de cooperação da Ibero-América. Entre os seus resultados, a organização contribuiu para a drástica redução do analfabetismo na Ibero-América, alfabetizando e fornecendo educação a 4,7 milhões de estudantes, assim como formação a mais de 200 mil docentes ibero-americanos.

Meu Olhar
Meu Olhar

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A imagem de destaque na matéria foi criada por meio de inteligência artificial pelo Aqui Tem Diversão, a partir da fotografia original da série “Meu Olhar”