A trajetória de uma família é a pauta central em SEGUNDO TEMPO, quarto longa ficcional de Rubens Rewald, que também fez “Corpo”, “Super Nada” e “#eagoraoque”, além dos longas documentais “Esperando Telê”, “Intervenção” e “Jair Rodrigues: Deixa que Digam”.

O novo filme coloca ao centro os irmãos Ana (Priscila Steinman) e Carl (Kauê Telloli) em busca de suas verdadeiras identidades depois de uma grande perda. Uma produção Miração Filmes & Confeitaria de Cinema, SEGUNDO TEMPO estreou nesta quinta-feira, 16 de março, nas seguintes praças: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife e Aracaju. A distribuição é da Pandora Filmes.

“Uma questão crucial no filme é sobre as famílias na cidade, suas histórias atuais e antigas. São Paulo é povoada por inúmeros migrantes e imigrantes, sendo que a identidade da cidade se forma a partir deste caldeirão étnico e cultural. Nesse sentido, há muitas histórias ocultas na cidade sobre pessoas ou famílias que apagaram seus passados para tentar se reinventar em uma nova vida”, explica o diretor, que também assina o roteiro.

Ana e Carl nunca se deram bem. Eles precisam deixar de lado as diferenças na tentativa de encontrar seu lugar no mundo. Os irmãos partem para a Alemanha em busca de suas histórias e identidades. Eles tentam, de alguma forma, descobrir uma narrativa própria para que possam lidar com esse mundo caótico, que parece cada vez mais sem sentido.

Eles são filhos de Helmut (Michael Hanemann), um imigrante alemão que veio ao Brasil em busca de novas histórias. Agora, Ana e Carl fazem o caminho inverso ao buscar por respostas.

A história oculta de Helmut é o fio condutor da trama, tal como um filme de investigação. Ana e Carl terão, em sua jornada, a missão de juntar e montar os fragmentos estilhaçados dessa história, tal qual um quebra-cabeças. Serão capazes? “Afinal, em nossa experiência real, as histórias sempre nos chegam incompletas e fragmentadas. Nós somos os únicos capazes de fazer as conexões, sejam elas reais ou imaginárias”, diz o diretor.

“É importante ressaltar que eu mesmo venho de uma família de imigrantes. A família de meu pai veio da Alemanha, fugindo da Segunda Guerra Mundial, e a família de minha mãe veio da Hungria e da Turquia, fugindo da guerra entre a Turquia e a Grécia. Todos se conheceram em São Paulo durante a década de 1950, enquanto tentavam iniciar uma nova vida em um novo país. SEGUNDO TEMPO, embora completamente ficcional, carrega uma forte abordagem que deriva de meu imaginário pessoal e familiar.”

Rodado no Brasil e Alemanha, o filme conta com elenco e equipe técnica dos dois países. Além disso, foi exibido em diversos festivais nacionais e internacionais. No Festival de Cinema Judaico em Punta del Leste, ganhou o prêmio de Melhor Filme Latinoamericano. Festival do Rio, Festival Inffnito de Miami e New York e Festival de Cinema Judaico em Boston completam a lista do circuito de festivais.

SEGUNDO TEMPO será lançado no Brasil pela Pandora Filmes.

Segundo Tempo
Segundo Tempo | Foto: Divulgação

Sinopse

Ana e Carl são dois jovens irmãos que nunca se deram bem, mas depois de sofrerem uma grande perda familiar, partem em busca de respostas. Os dois tentam encontrar no Brasil e na Alemanha seus próprios caminhos e identidades, atravessando a história de sua família e do século XX.

Ficha Técnica

Roteiro e Direção: Rubens Rewald
Produção Executiva: Marina Puech Leão e Julia Walker
Elenco: Priscila Steinman, Kaue Telloli, Michael Hanemann, Laura Landauer e Jochen Stern
Fotografia: Humberto Bassanelli e Sergio Roizenblit
Som: Eduardo Santos Mendes
Montagem: Willem Dias
Direção de Arte: Ana Rita Bueno
Música: Claudio Faria
Produção: Miração Filmes & Confeitaria de Cinema
País: Brasil
Gênero: Drama
Ano: 2022
Duração: 107 minutos

Sobre Rubens Rewald

Professor Doutor da ECA/USP, na área de Dramaturgia Audiovisual, escreveu e dirigiu os longa-metragem exibidos comercialmente “Super Nada” (prêmio de Melhor Ator no Festival de Gramado 2012, Prêmio Especial do Júri e de Melhor Filme na Mostra Novos Rumos no Festival do Rio 2012, Prêmio Fiesp de Melhor Direção e Melhor Ator Coadjuvante e selecionado para vários festivais, como Amiéns, Mar del Plata, Chicago, Pune-India e Montevideo) e “Corpo”, codirigido com Rossana Foglia em 2007 (selecionado para vários festivais, como Montreal, Palm Springs, India, Rio, São Paulo e Tiradentes, e vencedor do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Festival de Los Angeles).

Seus mais recentes filmes foram: SEGUNDO TEMPO, que participou do Festival do Rio em 2019, Inffinito de Miami e NY, Cinema Judaico de Boston e Festival do Cine Judaico de Punta del Leste em 2020, onde ganhou o prêmio de Melhor Filme Latinoamericano; “Jair Rodrigues: Deixa que Digam”, selecionado para o Festival É Tudo Verdade, In-Edit, Inffinito de NY e Miami e de Cinema Brasileiro em Chicago, onde ganhou o prêmio de Melhor Filme pelo voto popular; “#eagoraoque”, em parceria com Jean-Claude Bernardet, exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival de Cinema Latino de Toulouse, ForumDoc BH, Mostra de Tiradentes, entre outros.

Dirigiu também outros documentários de longa-metragem, como “Esperando Telê” (2009, exibido no Festival do Rio, Tiradentes e Cinefoot) e “Intervenção: Amor Não Quer Dizer Grande Coisa” (2017, exibido no Festival de Brasília), ambos em parceria com Tales Ab’Sáber, além dos documentários para a televisão “Rainha Hortência & Magic Paula” (2014) e “800m” (2016), em parceria com Aarón Fernandez, e dos curtas-metragens “Cânticos” (1991) e “Mutante” (2002, presente no Festival Internacional de Clermont-Ferrand e no Jornada Internacional de Cinema da Bahia, onde levou o prêmio de Melhor Curta e Melhor Som).

Escreveu o roteiro do filme “Hoje”, de Tata Amaral, prêmio de Melhor Filme, Direção e Roteiro no Festival de Brasília de 2011, e do documentário “Todas as Manhãs do Mundo”, de Lawrence Whaba, em 2016.

Sobre a Miração Filmes

Com currículo extenso e variado, incluindo séries de TV, séries educativas, videoclipes, videocenários, instalações e principalmente documentários, a Miração passou a fazer jus a seu codinome Filmes em 2009, quando lançou e distribuiu no circuito de salas de cinema seu primeiro longa-metragem. “O Milagre de Santa Luzia”, lançado no Festival de Brasília e em exibição ao longo de 17 semanas nas principais capitais brasileiras. Em 2011, a Miração lançou seu segundo longa-metragem, “Solidão & Fé”, premiado na Mostra de Tiradentes em 2011 com o prêmio do júri popular. Os novos projetos da produtora focam nas áreas de cinema e televisão, com destaque para abordagens transmídia. Já foram feitos documentários, séries para TV, peças para comunicação institucional e alguns outros trabalhos.

Sobre a Confeitaria de Cinema

A Confeitaria de Cinema é uma produtora de conteúdo audiovisual, para Cinema, TV e outras mídias, fundada em 1988, por alunos egressos do curso de Cinema da ECA – USP (Escola de Comunicações de Artes da Universidade de São Paulo), com uma mesma visão de linguagem, estética e mercado. Já produziu os seguintes longas ficcionais e documentais: “Corpo” (2007), “Esperando Telê” (2009), “Super Nada” (2012), “Intervenção: Amor Não Quer Dizer Grande Coisa” (2017), “Jair Rodrigues: Deixa que Digam” (2020), “#eagoraoque” (2020) e SEGUNDO TEMPO (2022). Produziu também, para a TV, os documentários “Rainha Hortência & Magic Paula” (2014, na ESPN), “800m” (2016, na ESPN) e a série “À Mesa”, com estreia prevista em 2023, pelo CINEBRASiLTV.

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.