Mdou Moctar lança o single âImajighenâ, uma faixa do novo ĂĄlbum *Tears of Injustice*, que reinterpreta o ĂĄlbum anterior com arranjos acĂşsticos e profundidade emocional
Se Funeral for Justice foi o som da indignação, Tears of Injustice ĂŠ o som da dor. O novo ĂĄlbum de Mdou Moctar, Tears of Injustice, ĂŠ Funeral for Justice totalmente regravado e rearranjado com instrumentos acĂşsticos e tradicionais. Ă uma evolução do ĂĄlbum de estreia da banda, adorado pela crĂtica – a imagem refletida e meditativa do original.
Mdou Moctar
Em julho de 2023, Mdou Moctar estava em turnĂŞ nos Estados Unidos quando o presidente do NĂger, Mohamed Bazoum, foi deposto por uma junta militar que o fez prisioneiro na residĂŞncia presidencial. Eles ordenaram o fechamento das fronteiras do paĂs, deixando os membros da banda Mdou Moctar, Ahmoudou Madassane e Souleymane Ibrahim impossibilitados de voltar para suas famĂlias.
Os planos de gravar um complemento para Funeral for Justice â que na ĂŠpoca ainda estava a muitos meses de ser lançado â jĂĄ estavam em andamento, mas a ideia agora assumia uma nova urgĂŞncia e gravidade. Dois dias apĂłs o tĂŠrmino da turnĂŞ na cidade de Nova York, o quarteto começou a gravar Tears of Injustice no Bunker Studio, no Brooklyn, com o engenheiro Seth Manchester.
âQuerĂamos fazer uma versĂŁo separada de Funeral para as pessoas ouviremâ, explica Mikey Coltun, baixista e produtor da banda nos EUA. âEstamos sempre brincando com os arranjos nos shows. QuerĂamos provar que poderĂamos fazer isso em um disco tambĂŠm. E hĂĄ um outro lado da banda que aparece quando tocamos em um set despojado. Isso se torna algo novo.â
Eles escolheram gravar Tears sentados juntos em uma sala, mantendo a sessĂŁo solta, despojada e espontânea. âNa verdade, nĂŁo trabalhamos nos arranjos antes de entrarmosâ, lembra Coltun. âNĂłs apenas tocĂĄvamos, encontrĂĄvamos a sensação e fazĂamos a mĂşsica.â As coisas aconteceram rapidamente, e a gravação principal foi concluĂda em apenas dois dias.
A hipnĂłtica gravação de 8 minutos de âImouharâ ĂŠ, na verdade, duas passagens distintas da mĂşsica executadas em rĂĄpida sucessĂŁo â Moctar nĂŁo parou de tocar por tempo suficiente para separar as partes. Depois de um mĂŞs, a banda pĂ´de voltar para casa no NĂger e, quando o fizeram, Coltun deu a Madassane um gravador Zoom para levar consigo. O guitarrista rĂtmico o usou para gravar um grupo de tuaregues fazendo vocais de chamada e resposta, que mais tarde foram adicionados Ă mixagem final.
Em Funeral for Justice, a raiva contra a situação do NĂger e do povo tuaregue ĂŠ claramente expressa no volume e na velocidade da mĂşsica.
Em Tears, as mĂşsicas mantĂŞm esse peso sem amplificação. Elas estĂŁo impregnadas de tristeza, transmitindo o pesar de uma nação presa em uma constante agitação pela pobreza, exploração colonial e revolta polĂtica. Ă a mĂşsica de protesto tuaregue em sua forma mais crua e essencial. âQuando Mdou escreve as letras, ele geralmente as escreve com um violĂŁo acĂşstico. Assim, vocĂŞ se aproxima mais daquele momento originalâ, diz Coltun. âEle mantĂŠm o peso, e ĂŠ assombroso.â
TRACKLIST
1. Funeral for Justice (Injustice Version)
2. Imouhar (Injustice Version)
3. Takoba (Injustice Version)
4. Sousoume Tamacheq (Injustice Version)
5. Imajighen (Injustice Version)
6. Tchinta (Injustice Version)
7. Oh France (Injustice Version)
8. Modern Slaves (Injustice Version)
Elogios para Funeral For Justice:
âFuneral for Justice ĂŠ, em muitos aspectos, um ĂĄlbum de protesto, de resistĂŞncia, de descontentamento, mas nĂŁo ĂŠ um ĂĄlbum de desistĂŞncia ou de rendição. Sua energia sonora emocionante, impulsionada pela raiva, opera contra a derrota.â – The New Yorker
âDeslumbranteâ – The Observer
â… uma obra-prima polĂŞmica que merece respeito mundialâ – MOJO
â… os revolucionĂĄrios do rock continuam sendo extremamente empolgantesâ – NME
âUm cri de coeur de guitarras gritantes e letras que condenam o legado do colonialismo no NĂger e em toda a Ăfricaâ – New York Times
âO som orgulhoso da rebeliĂŁoâ – Pitchfork (8.4 – Best New Music)
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