Mostra online comemora 10 anos do Grupo 59 com A Última História e O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

Programação tem ainda encontros abertos ao público com os diretores. Cristiane Paoli Quito, Tiche Vianna, Fabiano Lodi e Claudia Schapira.

Comemorando 10 anos de trajetória, completados em 2021, o Grupo 59 de Teatro apresenta programação online com dois espetáculos representativos de seu repertório e quatro encontros ao vivo com convidados para discutir temas pertinentes ao teatro. A Mostra 59 – 10 Anos em Cena acontece entre os dias 15 de março e 4 de maio de 2022, com acesso gratuito pelo canal do grupo no YouTube.

Os espetáculos (gravados em vídeo) ficam disponíveis pelo período de 30 dias, a contar da primeira exibição. O primeiro é o infantil O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, a partir de 18 de março, seguido por A Última História, que começa no dia 1º de abril. Ambos serão abertos ao público a partir da meia-noite do dia da estreia.

Os encontros, realizados ao vivo e remotamente, contam com participação de convidados e convidadas, junto a integrantes do Grupo 59, para debater temas que emergem do fazer artístico do coletivo e sobre perspectivas pertinentes à retomada da produção teatral no novo contexto de produção. O 1º Encontro (15/3) traz a premiada diretora Cristiane Paoli Quito para Uma Conversa Sobre Teatro Para Infância e Juventude. No 2º Encontro (22/3) a trupe recebe a diretora e pesquisadora da máscara Tiche Vianna para Uma Conversa Sobre Teatro de Máscaras. O 3º Encontro (28/3) tem participação do diretor, ator e dramaturgo Fabiano Lodi para Uma Conversa Sobre Direção e Treinamento Artístico em Tempos Pandêmicos. E no 4º Encontro (5/4) os atores recebem a atriz, diretora e figurinista Claudia Schapira para Uma Conversa Sobre Teatro Hip Hop, Núcleo Bartolomeu 20 Anos Depois. Os bate-papos têm início sempre às 20 horas.

A Mostra 59 – 10 Anos em Cena é um projeto realizado pelo Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura e Economia Criativa, por meio do ProAC Expresso Lei Aldir Blanc Nº44/2021 – Prêmio por Histórico de Realização em Teatro – Grupos, companhias e corpos estáveis.

Mostra 59 – 10 Anos em Cena

Com: Grupo 59 de Teatro
Quando: 15 de março a 4 de maio de 2022
Onde assistir: YouTube.com/Grupo59deTeatro
Eventos online. Acesso grátis. Livre.
Nas redes: @Grupo59deTeatro
Infantojuvenil: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Exibição: 18 de março (sexta, aberto 24h) – até 17/4
Duração: 60 minutos. Classificação: Livre (indicação, a partir de 6 anos).

Da obra de Jorge Amado, a história do amor impossível entre um gato malhado e uma linda andorinha resgata a tradição dos contadores de histórias. Como únicos elementos cênicos, o coletivo de atores assume personagens e narração, num jogo teatral lúdico e recheado de canções, que mescla humor e lirismo para contar uma surpreendente história de amor e intolerância às diferenças. Levar ao palco O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá parte do desejo de realizar um teatro de qualidade feito essencialmente para crianças, que priorize elementos lúdicos, poéticos, estéticos, sensíveis e simbólicos (em lugar do recorrente recurso didático-pedagógico) para provocar o imaginário e a reflexão das de forma divertida, prazerosa e criativa. A montagem reúne esses elementos em um jogo-brincadeira de contação de história, no qual a criança é convidada não apenas a seguir uma determinada fábula, e se encantar, como também a se entreter e se envolver, de forma espontânea, com os procedimentos cênicos utilizados pelos atores. Entre eles, o improviso, o revezamento de atores na tarefa de dar vida a um mesmo personagem, a mimese e a construção de personagens por meio do uso exclusivo do corpo, sem apelo de figurinos realistas ou fantasistas, tampouco de objetos de cena.

Direção: Cristiane Paoli Quito. Orientação dramatúrgica: Antônio Rogério Toscano. Texto/roteiro: Antônio Rogério Toscano e Grupo 59 de Teatro – inspirado na obra original de Jorge Amado. Elenco: Grupo 59 de Teatro (Carol Faria, Felipe Alves, Felipe Gomes Moreira, Fernando Oliveira, Gabriel Bodstein, Gabriela Cerqueira, Jane Fernandes, Mirian Blanco, Nathália Ernesto, Nilcéia Vicente, Ricardo Fialho, Tatiana Heide e Thomas Huszar). Assistência de direção: Carol Mendonça e Vinícius Meloni. Pensamento corporal: Tarina Quelho. Criação de luz: Denilson Marques. Operação de luz: Gabriel Greghi. Concepção de figurino: Cláudia Schapira. Concepção de cenário: Grupo 59 e Cristian e Cristiane Paoli Quito. Confecção do gato de madeira: Patrícia Bigarelli – inspirada em desenhos de Carybé. Direção musical: Thomas Huszar. Orientação musical: Andréa Kaiser. Arranjos: Thomas Huszar e Felipe Gomes Moreira. Letras: Gisele Dumont, Marcela Vessichio, Thomas Huszar, Juliano Abramovay, André Vac, Carol Faria e Felipe Gomes Moreira. Produção: 59 Produções Artísticas e Culturais.

Espetáculo: A Última História

Exibição: 1º de abril (sexta, aberto 24h) – até 30/4
Gênero: teatro popular. Duração: 80 min. Classificação: Livre (a partir de 10 anos).

Fábula musical popular livremente inspirada no prólogo de A Fábula dos Saltimbancos, de Michael Ende, a montagem busca no universo do circo a inspiração para refletir sobre o ofício do artista, a tradição e a renovação de sua ocupação nos difíceis caminhos das artes nos dias atuais. A Última História traz à cena um picadeiro em ruínas, com artistas em franca decadência à procura de sentido para sua arte e seu destino. O terreno abandonado que ocupa – outrora repleto de glória e prestígio pelas apresentações do circo – é agora alvo de interesses de uma fábrica que ali pretende se instalar. Esse é o mote que detona entre todos os integrantes da trupe (vivos ou mortos!) a busca por saídas ou soluções para a permanência nos novos tempos. Com trilha sonora executada ao vivo, com a participação do pianista Marcelo Onofri junto aos atores do Grupo 59, o espetáculo utiliza técnicas do teatro de máscaras e das habilidades em números e gags circenses, criando um jogo cênico dinâmico e múltiplo, típico dos tradicionais espetáculos de variedades do circo brasileiro. Em cena, figuras emblemáticas do picadeiro: malabarista, acrobata, contorcionista, mágico, atiradora de facas, equilibrista, mística, anão e, é claro, palhaço!

Direção e dramaturgia: Tiche Vianna. Elenco: Grupo 59 de Teatro (Carol Faria, Felipe Alves, Felipe Gomes Moreira, Fernando Oliveira, Gabriel Bodstein, Gabriela Cerqueira, Jane Fernandes, Mirian Blanco, Nathália Ernesto, Nilcéia Vicente, Ricardo Fialho e Thomas Huszar). Direção musical, composição e arranjos: Marcelo Onofri. Direção de arte: Antônio Apolinário. Iluminação: Gabriel Greghi. Figurino: Antônio Apolinário e Grupo 59 de Teatro. Preparação de canto: Andrea Kaiser e Marcelo Onofri. Arte e pintura do painel do circo: Patrícia Bigarelli. Design gráfico: Thomas Huszar, Felipe Gomes Moreira e Nathália Resende. Cartaz de cena: Sergio Coloto. Cenotecnia: Nilton Ruiz Dias. Adereços: Rafael Rios. Perucas: Jane Fernandes. Costureiras: Ilza da Silva Santos e Silvana de Carvalho. Produção: Grupo 59 de Teatro.

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Encontros | Ao vivo

Semanais, disponíveis para visualização por 30 dias após a realização. Duração: 60 min. Participação do público pelo chat.

15/3 (terça, 20h) – 1º Encontro: Uma Conversa Sobre Teatro para Infância e Juventude – com: Cristiane Paoli Quito

Cristiane Paoli Quito é diretora e pesquisadora teatral. Investiga as intersecções entre as linguagens teatro, dança, circo, teatro de bonecos, música e performance. Desenvolve pesquisas de linguagem investigando a capacidade criativa do criador-intérprete. Pelo reconhecimento de seu trabalho foi indicada e agraciada com os prêmios Shell, APCA e FEMSA em diversas ocasiões. É professora na Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP).

22/3 (terça, 20h) – 2º Encontro: Uma Conversa Sobre Teatro de Máscaras – Com Tiche Vianna

Tiche Vianna é diretora teatral, pesquisadora da máscara e fundadora do Barracão Teatro. Artista é formada pela Escola de Arte Dramática da USP, estudou máscaras e commedia dell’arte na Università degli Studi di Bologna e no Firenze of Papier Machê (antigo Alice Atelier) e compartilha os conhecimentos com distintas gerações de artistas. Fez preparação de atores das minisséries Hoje É Dia de Maria, A Pedra do Reino e Capitu, da Rede Globo.

28/3 (segunda, 20h) – 3º Encontro: Uma Conversa Sobre Direção e Treinamento Artístico em Tempos Pandêmicos – Com Fabiano Lodi

Fabiano Lodi é diretor teatral, com experiências também como ator, produtor e dramaturgo. Desde 2010, vem realizando diferentes projetos artísticos pela sua produtora, a Leneus Produtora de Arte. É Mestre em Teatro pela UNESP e graduado em Artes Cênicas pela UDESC. Desenvolve pesquisa continuada sobre procedimentos práticos em direção teatral, envolvendo os métodos Suzuki e Viewpoints, os quais resultaram em publicações variadas.

5/4 (terça, 20h) – 4º Encontro: Uma Conversa Sobre Teatro Hip Hop, Núcleo Bartolomeu 20 Anos Depois – Com Claudia Schapira

Claudia Schapira é atriz, diretora, dramaturga e figurinista. É formada na Escola de Arte Dramática (EAD/ECA/USP) e uma das fundadoras do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, onde desenvolve uma pesquisa continuada sobre a linguagem do teatro hip-hop. Integra também o Manifestu Impromptu, coletivo de audiovisual, junto com mais três artistas: Tatiana Lohmann, Azul Serra e Bianca Turner.