Com fomento da Fundação Palmares, via recursos do Fundo Nacional de Cultura do Ministério da Cultura do Governo Federal – União e Reconstrução, o Teatro dos Bancários (EQS 314/315) recebe Divino Festival

Shows, Aula Aberta, Roda de Conversa e Feira de Empreendedorismo Afro alinhados a diretrizes que levam em conta empoderamento, valorização e aspectos da cultura e saberes afro-brasileiros, diversidade de gênero e raça.

Palco de importantes eventos de cunho social, o Teatro dos Bancários abre seus espaços para festival cuja programação visa a promoção das manifestações que nos legaram a Mãe África, presentes no nosso país. Realizado nos dias 8 e 9 de julho e com o tema Cultura de Matriz Africana, o Divino Festival enaltece a preservação desses legados com foco na memória e história através da música e também da economia criativa afro periférica do Distrito Federal.

Nos dois dias, com início às 14h, o festival convida o público a um passeio entre a arte e o conhecimento ancestral. Na abertura dos trabalhos, um rito de celebração e lavagem, com ervas e água de cheiro, seguida de roda de conversa sobre a força dos saberes tradicionais no combate ao racismo com o Coletivo Yás do DF e Entorno. Formado em 2019, o Coletivo reúne Mães de Santo do Candomblé e da Umbanda para compartilhar interesses e ações comuns. Entre os propósitos está garantir os direitos e bem-estar das comunidades de terreiro.

E, em clima festivo, o baiano Mateus Aleluia, autoridade artística cultural com 63 anos de trajetória tendo como enredo principal a cultura afro-brasileira, apresenta sua música que ressalta as conexões entre a história do Brasil e da África. Show antecedido pela banda Saci Wèré, uma das revelações da música brasiliense por sua originalidade, que se apresenta a partir das 19h.

No domingo (9), também a partir das 19h, tem Maíra Freitas e Jazz das Minas. Acompanhada de sete mulheres, Maíra traz o show Ayé Òrun, uma celebração à música autoral feminina e negra. A ideia de criar esse projeto, feito somente por mulheres em todas as etapas – da composição ao som final, passando pelos arranjos, capa, produção e mixagem, aconteceu em 2019 quando Maíra foi convidada a participar do festival Jazzing, em Angola. “Foi a oportunidade de colocar em prática a ideia que eu já vinha falando há algum tempo, de que o mercado da música é muito masculino e isso tem muito a ver com as oportunidades que são dadas às mulheres”, coloca a multiartista.

A noite será aberta pelo cantor, músico e compositor Alberto Salgado. Ganhador do 28° Prêmio da Música Brasileira de 2017, Salgado pesquisa novas possibilidades da música contemporânea, experimentando o intercâmbio entre ritmos brasileiros e africanos.

Nos dois dias de festival, cores e identidades marcantes em uma feira com artistas e artesãos, que bebem da cultura africana, além de aulas abertas de atabaque e a exposição fotográfica de Luiz Alves. Luiz é fotógrafo profissional desde 1983 e atua mais fortemente registrando movimentos sociais, rituais de Candomblé e o Congresso Nacional.

A realização do festival tem como premissa “o resgate dos valores culturais, pessoais, sociais, saberes e filosofia afro, da autoestima e orgulho de pertencer à etnia africana, do respeito ao próximo independente de sua cor, credo, raça ou orientação sexual”, coloca a produção do projeto.

O Divino Festival é realizado com recursos do Fundo Nacional de Cultura por meio de termo de fomento com a Fundação Cultural Palmares / Ministério da Cultura, e é uma realização do Instituto Palco Cultura e Instituto Transforma, com produção da Bloco B Produções.

Serviço:

Divino Festival
Local: Teatro dos Bancários
Endereço: EQS 314/315 BL A – Asa Sul, Brasília
Dias e horário: sábado e domingo, 8 e 9 de julho, das 14h às 22h
Entrada franca, com retirada prévia de cortesias para os shows em https://www.sympla.com.br/divino-festival—shows-musicais__2028768 (1º e 2º lotes esgotados, 3º será liberado dia 26 de junho ao meio-dia)
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Informações: https://instagram.com/divinofestival_

Programação:

Sábado, 8 de julho

14h às 22h: Feira Coisa de Preto
15h: Celebração e Ritual de Lavagem, com o Coletivo das Yás do DF e Entorno
16h: Aula Aberta Os Atabaques não se Calam
17h: Roda de Conversa – Saberes Tradicionais Combatendo o Racismo, com o Coletivo das Yás do DF e Entorno
19h: Shows de Saci Wèré e Mateus Aleluia

Domingo, 9 de julho

14h às 22h: Feira Coisa de Preto
17h: Aula Aberta Os Atabaques não se Calam
19h: Shows de Alberto Salgado; e Maíra Freitas e Jazz das Minas