Dieta balanceada influencia diretamente no combate à ansiedade e depressão. Especialista em emagrecimento e longevidade saudável destaca a importância da alimentação em busca de uma saúde mental equilibrada
A relação entre ansiedade, depressão e alimentação é complexa. Embora a alimentação por si só não seja a principal causa desses transtornos, o que é ingerido pode desempenhar um papel importante em sua manifestação, gravidade e gestão. É importante lembrar que o Setembro Amarelo passou, mas a prevenção e conscientização desses distúrbios precisam continuar ao longo do ano.
A médica Mariana Arraes, especialista em emagrecimento e longevidade saudável, enfatiza o impacto que a alimentação exerce sobre a ansiedade e a depressão. Segundo ela, a relação entre o que é consumido e o estado emocional é profunda e significativa e fazer escolhas conscientes na alimentação pode ser fundamental para o autocuidado e o bem-estar emocional.
“É importante compreender que nossa dieta desempenha um papel crucial na regulação dos neurotransmissores e hormônios que afetam nosso estado de espírito. A falta de nutrientes essenciais pode contribuir para desequilíbrios químicos no cérebro, que estão diretamente ligados à ansiedade e depressão”, destaca Mariana Arraes.
A conexão entre corpo e mente é inegável quando se trata de depressão e ansiedade, transtornos que impactam não apenas a saúde mental, mas também a física. Enquanto é comum associar esses transtornos ao aumento de peso, a médica alerta que eles também podem levar a perda de peso não intencional, conforme apontado por um estudo publicado em 2020 no Journal of Psychiatric Research.
Mariana Arraes ressalta que essa perda de peso não planejada pode resultar em diversos problemas de saúde, incluindo fraqueza muscular e desnutrição, especialmente em indivíduos com baixo índice de massa corporal. Portanto, a busca por ajuda profissional para lidar não apenas com a depressão e ansiedade, mas também com os transtornos alimentares, é fundamental.
Para promover uma melhor saúde mental através da alimentação, a especialista sugere: ômega-3, vitamina D e exposição ao sol, antioxidantes, proteínas e aminoácidos, carboidratos complexos, equilíbrio alimentar, hidratação e limite de cafeína e álcool durante a semana.
“À medida que nos conhecemos melhor, percebemos a conexão íntima entre mente e corpo, e a alimentação desempenha um papel fundamental nessa equação. Ao adotar hábitos alimentares saudáveis, investimos em nosso bem-estar, criando uma base sólida para uma mente mais equilibrada. Precisamos nutrir o corpo para nutrir a mente e assim viver vidas mais plenas e felizes”, conclui Mariana Arraes.