O Citronela Doc – Festival de Documentários de Ilhabela apresenta 28 filmes, incluindo produções do DF, com exibições presenciais e online gratuitas até 15 de novembro
O Citronela Doc – Festival de Documentários de Ilhabela, chega à sua quarta edição entre os dias 7 e 10 de novembro na cidade do Litoral Norte de São Paulo, com entrada gratuita, e com uma programação online, também gratuita, entre 7 e 15 de novembro pela Spcine Play.
Um dos destaques do festival é o documentário “Não Existe Almoço Grátis”, de Marcos Nepomuceno e Pedro Charbel.
“Não Existe Almoço Grátis” acompanha três mulheres que lideram uma das Cozinhas Solidárias do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em Sol Nascente, no DF, considerada atualmente a maior favela do Brasil. Para a posse do terceiro mandato do presidente Lula, em meio a ameaças de golpe, elas foram encarregadas de cozinhar para centenas de pessoas que estiveram em Brasília para assistir à cerimônia. O longa venceu o prêmio do público no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
O filme traz entrevistas íntimas com Socorro, Jurailde e Bizza, que revelam fatos sobre as vidas dessas mulheres e sobre a organização coletiva, mostrando que o futuro se cozinha a muitas mãos.
Já o curta “A Chuva do Caju” se passa no coração de um vale escondido nas profundezas do Brasil central. Lá, seu Alvino e dona Neuza plantam e colhem o que a terra dá, como o cajuzinho do cerrado e o baru. Após mais de dois séculos, o tempo continua passando lento no quilombo Vão de Almas, apesar da seca cada vez mais severa. Com direção de Allan Schvarberg, o curta-metragem foi vencedor de menção honrosa do Prêmio Zózimo Bulbul no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Por fim, surpreende também a abordagem de “Pirenopolynda”, de Izzi Vitório, Tita Maravilha e Bruno Victor para uma festa tradicional no Centro-Oeste brasileiro. O filme, co-produção do Distrito Federal e Goiânia, foi vencedor do prêmio de melhor filme da Mostra Goiás na Goiânia Mostra Curtas e foi selecionado para o Doclisboa, um dos mais importantes festivais europeus de documentários. No filme, Tita, uma multiartista travesti, pretende reconstruir e retradicionalizar a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis sob um viés afetivo decolonial.
Neste ano o festival Citronela Doc irá exibir 28 filmes no total, entre longas, curtas e filmes produzidos no litoral norte e Vale do Paraíba (SP).
O Citronela Doc nasceu em 2021 e já se firmou como referência em cinema documental na agenda cultural anual da cidade de Ilhabela. O evento é marcado pela diversidade na produção cultural, reunindo filmes realizados em diversos estados do Brasil, por pessoas de diferentes gêneros e etnias, incluindo realizadores indígenas e caiçaras.
O arquipélago de Ilhabela fica no litoral norte de São Paulo, a 200 quilômetros da capital paulista, e é um dos principais destinos turísticos do Estado. Além de reunir algumas das praias mais bonitas do país e ser o município com maior percentual de Mata Atlântica preservada do Brasil (80% do território), a cidade dispõe também de um rico patrimônio cultural material e imaterial.
Programação completa no site www.citroneladoc.com.br
SERVIÇO:
4º Citronela Doc – Festival de Documentários de Ilhabela
7 a 10 de novembro de 2024
Entrada gratuita
Online e gratuito de 7 a 15 de novembro na Spcine Play
Local:
Esporte Clube Ilhabela: Av. Força Expedicionária Brasileira, 73 – Santa Teresa
O festival tem produção de Ver Para Crer, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo; realização da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal; apoio de Esporte Clube Ilhabela, DL Projeções, Salga Filmes, DBM Produções e Prefeitura Municipal de Ilhabela.