O ilustrador e quadrinista paulistano Luiz Gê, conhecido também por suas capas de LPs de Arrigo Barnabé, estará em Brasília em 14 e 15 de maio

Luiz Gê é um monumento dos quadrinhos brasileiros. Afastado do mercado editorial nos últimos anos, o icônico artista retorna com Fronteira Híbrida: Relações improváveis entre música e quadrinhos (Editora MMarte), um livro que amplia os limites da linguagem quadrinística de forma inédita e que tem sido recebido de forma entusiasmada pela crítica.

Luiz Gê
Luiz Gê | Foto: Divulgação

Em uma parceria entre a MMarte e a Edições Motim, Luiz Gê é o convidado especial da edição de 2022 da feira Motim, que será realizada em 14 e 15 de maio (sábado e domingo), das 10h às 18h, na praça central do Conic. Durante o evento, Gê estará autografando exemplares de seu novo livro, bem como participando de bate-papos.

Mas a coisa não para por aí: a parceria MMarte/Motim também rendeu uma gravura inédita de Luiz Gê em tiragem limitada. Feita em serigrafia impressa a mão em duas cores sobre papel Curious 250g no formato 48 x 66 cm, a obra será numerada e assinada pelo artista. A gravura tem como matriz um desenho jamais visto de Luiz Gê, produzido no período em que estudou no Royal College of Art de Londres.

Dada a tiragem limitada de 50 cópias, os interessados podem reservar seu exemplar da gravura, com desconto, até 13 de maio, sexta-feira, pelo WhatsApp (62) 98117-3345.

Luiz Gê
Capa do livro Fronteira Híbrida | Foto: Ilustrativa

SOBRE O LIVRO FRONTEIRA HÍBRIDA:

Luiz Gê é conhecido por ter fundado a revista Balão, em 1972, marco do quadrinho autoral e alternativo brasileiro; e também por fazer parte dos autores que participaram da emblemática revista Circo, da qual também foi editor, que ajudou a fazer as carreiras de Angeli, Laerte e Glauco.

Gê seria o grande homenageado da 6ª Bienal de Quadrinhos de Curitiba, evento que contaria com uma exposição retrospectiva de sua carreira. A pandemia não permitiu. Nasceu daí a ideia de um livro que abordasse a relação entre música e HQs (o tema desta edição da Bienal) na obra do paulistano – e a MMarte teve o privilégio de ser convidada para editá-lo.

Uma antologia que compilasse os trabalhos do quadrinista dentro do recorte música e quadrinhos seria a escolha mais óbvia. Mas nada que envolva um artista do calibre e da inquietude de Gê poderia ser óbvio. Fronteira Híbrida faz jus ao título: o livro transita entre HQ, humor, design, direção de arte, fotografia, experiências tridimensionais, livro de arte e teoria – caso alguém ainda não saiba, Gê é também professor universitário e pesquisador acadêmico.

A parceria de décadas com o expoente da Vanguarda Paulistana, Arrigo Barnabé – que inclusive escreve o prefácio de Fronteira Híbrida –, não poderia ficar de fora. Tubarões voadores (especialmente colorida por Gê para a edição), as duas versões de Clara Crocodilo, tudo isso (e muito mais) está no livro, de forma minuciosa e aprofundada como nunca antes. Mas a grande novidade, inédita em todos os aspectos, são as transcriações que Luiz Gê fez de duas óperas de Arrigo e um espetáculo cênico-musical de Stravinsky, dos quais foi diretor de arte.

A partir de registros fotográficos feitos de próprio punho, Gê transformou O homem dos crocodilos, Santos Dumont: Enquanto estiverem acesos os anúncios luminosos e A história do soldado em inusitadas narrativas quadrinísticas, híbridas e experimentais.

Um trabalho inteiramente produzido em 2021, que exibe um artista mais criativo que nunca. Aliás, Fronteira Híbrida é o exemplo máximo do que seria um livro de autor: absolutamente tudo na publicação foi criado pelo próprio Luiz Gê, das HQs aos textos, do design às ilustrações.

Contando com 240 páginas em cores e preto e branco, no robusto formato de 22 x 29 cm, Fronteira Híbrida: Relações improváveis entre música e quadrinhos (R$ 109) é um livro raro, fadado a se tornar raro. Com uma tiragem inicial de apenas 500 exemplares – em grande parte destinada às ações de contrapartida social da Bienal de Quadrinhos de Curitiba –, a única maneira de se adquirir a publicação é através do site www.mmarteproducoes.com/shop, em gibiterias especializadas, ou em mãos, na Motim 2022.

MOTIM 2022

14 e 15 de maio, de 10h às 18h, na praça central do Conic. Acesso livre.
Fronteira Híbrida: Relações improváveis entre música e quadrinhos
Editora MMarte, 240 páginas (formato 22 x 29 cm, capa em papel triplex com reserva de verniz). Prefácio de Arrigo Barnabé. Preço: R$ 109.