Beth Goulart lança em Brasília livro, Viver é uma arte: transformando a dor em palavras

Atriz e diretora Beth Goulart, que também é embaixadora do Método Supera, lança seu primeiro livro, Viver é uma arte: transformando a dor em palavras (Letramento), no Centro Cultural de Brasília no dia 24 de agosto. Evento gratuito, que começa com um bate-papo com a autora às 18h30, tem inscrição pelo Sympla (abaixo, Serviço e link).

No encontro, Beth Goulart compartilha suas vivências a superação da perda da sua mãe, a atriz Nicette Bruno, seu pai, o ator Paulo Goulart, e como foi o processo da escrita do livro “Viver é uma arte: transformando a dor em palavras”.

Nicette Bruno e Beth Goulart estavam planejando um livro juntas, onde contavam um pouco de suas histórias, de sua filosofia e percepção sobre a vida, os momentos inesquecíveis de cumplicidade entre elas. Beth a narradora e Nicette tecendo comentários.

E começaram contando como estavam superando a morte de Paulo Goulart. Mas em 2020 a Nicette pegou a Covid e partiu 21 dias depois. O livro precisou esperar o luto da filha e chaga como uma homenagem à Nicette Bruno, com prefácio de Nélida Piñon e posfácio de Fernanda Montenegro.

Serviço:

Lançamento “Viver é uma arte: transformando a dor em palavras”
Com Beth Goulart | Palestra e Sessão de autógrafos
Data: 24 de agosto de 2022 | Quarta-feira
Horário: 18h30
Local: Centro Cultural de Brasília
Endereço: SGAN 601 Módulo – L2 Norte
Livro será vendido no local
Evento gratuito, com sugestão de doação de 1 Kg de alimento não perecível
Inscrição pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/lancamento-do-livro-viver-e-uma-arte-transformando-a-dor-em-palavras__1673866

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Sobre o livro:

Viver é uma arte: transformando a dor em palavras (Letramento) é livro de estreia de Beth Goulart. Repleto de afetos, de histórias de mãe e filha unidas pela arte, mas, acima de tudo, pelo amor e pela maternidade. A mãe, Nicette Bruno; a filha, Beth Goulart. Atrizes que dividiram a vida e o palco, que planejaram escrever um livro juntas, em que contariam um pouco de suas histórias, da filosofia e percepção sobre a vida, os momentos inesquecíveis de cumplicidade entre elas e em família.

O amor de Nicette Bruno e Paulo Goulart atravessou décadas, gerações em frente à TV, nas plateias dos teatros. Estava combinado que Beth seria a narradora; Nicette faria uma costura, e com sua sabedoria iria tecer comentários sobre os temas como amor, afeto, família, fé e a arte que está no DNA de toda a família.

O livro começaria com a morte de Paulo Goulart em 2014, depois de uma luta de quatro anos contra um câncer, e como foi vivenciada essa perda tão profunda por elas. Mas a força tão poderosa do Teatro ajudou as duas a transformarem essa dor em arte, quando Beth fez a adaptação do livro Perdas e ganhos, de Lya Luft, e dirigiu sua mãe neste espetáculo, que foi uma catarse pessoal e coletiva. “Foi uma forma de tirar mamãe daquele luto e transformar aquela tristeza em história, com as boas lembranças da vida que viveram, que vivemos com ele”, reflete Beth. Tudo seria compartilhado no livro como um dos temas mais significativos: a superação. Mas 2020 chegou com a inesperada pandemia pela Covid-19, e o processo do livro que havia começado há pouco tempo foi interrompido pela brusca e dolorosa partida de Nicette Bruno, após 21 dias do diagnóstico.

“Choque. Dor. Morte. Pausa. Silêncio. Amor. Pausa. Silêncio. Saudade. Fé. Eternidade. Essência. Luz. Amor. Pausa. Silêncio. Paz. Deus. Amor. Deus. Amor. Deus.” Essas são algumas das palavras compartilhadas logo após as primeiras páginas da apresentação de Beth Goulart para a publicação. Mais uma vez o luto foi necessário, e o livro teve que esperar o tempo de recolhimento da filha que precisou seguir sozinha seu caminho de transformação.

Agora, Viver é uma arte: transformando a dor em palavras (Letramento) chega às livrarias como uma homenagem à Nicette Bruno, com prefácio de Nélida Piñon e posfácio da atriz Fernanda Montenegro, amiga de uma vida inteira de Nicette e Paulo.

Uma família que viveu diante de uma plateia chamada Brasil, um país inteiro que aprendeu a amar aquele casal e seus filhos, todos dedicados à arte. Uma história que se mistura com a chegada da televisão na sala de jantar, com as novelas e a possibilidade de ver de “perto” os atores que representavam mocinhas e mocinhos, anteriormente reconhecidos apenas por suas vozes pelas radionovelas.

Beth conta que, ainda pequena, pegava os livros na coxia dos teatros e inventava histórias, já aos três anos seu avô dizia que seria escritora. Beth é atriz premiada, autora e diretora de teatro, cinema e televisão, narradora de documentários e obras inteiras de nomes como o de Cora Coralina, Nélida Piñon e Clarice Lispector. Esta última lhe rendeu vários prêmios com atuação e direção do espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector.

Viver é uma arte: transformando a dor em palavras (Letramento) relata em sua primeira etapa as histórias do amor, da família e da arte do casal Nicette e Paulo. Nestas primeiras páginas, está lá o combinado: a narradora Beth, os comentários amorosos de Nicette. Depois, a experiência da filha sem a mãe, a dor da perda, o se descobrir sozinha e por conta própria.

Beth, reflete: “Aprendemos agora a conviver com sua ausência. Isso nos obriga a olhar para nós mesmos e descobrir nossa força. Quem somos nós, diante da vida, do mundo e de nós mesmos. Agora temos que assumir nossa voz, nossas vontades, nossa coragem e insegurança muitas vezes, nossa sabedoria ou dúvida, nossa própria autoridade. Autonomia, independência, responsabilidade, liberdade de ser. Agora meu compromisso é comigo mesma, com meu propósito de vida, com minha fé, minha família, minha arte. Meus sentimentos e meu olhar para o mundo. A clássica pergunta ‘quem sou eu?’ se intensifica dentro de nós e aí descobrimos um caminho. O caminho do autoconhecimento, da autoestima, da autoconfiança. É um caminho sem volta. Agora são nossos pés que escolhem a melhor estrada. São nossos valores que orientam as atitudes. É, enfim, a nossa esperança que semeia novas oportunidades. Estou aprendendo a ser mãe de mim mesma, me ninar nas noites sem sono, me acalmar nas adversidades, me alegrar quando recebo carinho e afeto, me preparar para servir cada vez mais e melhor ao todo que pertencemos”.

E ao seguir com os ensinamentos deixados pela mãe, Nicette, para a filha, Beth, quem ganha é o leitor de Viver é uma arte: transformando a dor em palavras (Letramento), que pode conhecer um pouco mais de Beth Goulart, a autora que transformou sua dor em palavras de sabedoria, ao partilhar suas vivências com todo um país, como forma de amor e homenagem a sua Nicette Bruno.

Viver é uma arte
Capa do livro Viver é uma arte | Foto: Ilustrativa

Sobre a autora Beth Goulart

Beth Goulart é dramaturga, diretora, cantora, palestrante e atriz brasileira de teatro, cinema e televisão. Com o amor pelas artes herdado dos pais, Nicette Bruno e Paulo Goulart, a atriz não poderia seguir outro caminho. Sua estreia profissional foi na peça Os efeitos dos raios gama sobre as margaridas do campo (1974), que lhe rendeu a indicação ao Prêmio APCA como atriz revelação.

Como melhor atriz, ganhou inúmeros prêmios: Shell Rio 2000, por Decadência; Prêmio Qualidade Brasil 2000 por Somos Iirmãs; Prêmio UNESCO 2003, pelo monólogo Dorotéia minha; bem como os cinco prêmios dedicados ao espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector (2009), de sua autoria e direção. Até o presente momento, participou de mais de 30 novelas em várias emissoras e 12 longas-metragens. Atualmente, é membro da Academia Brasileira de Cultura, ocupando a cadeira de número 22, cujo patrono é sua mãe, Nicette Bruno. Viver é uma arte é seu livro de estreia como escritora fora da dramaturgia.

Viver é uma arte: transformando a dor em palavras
Autora: Beth Goulart
Preço: R$ 59,90 (impresso) e R$ 34,90 (e-book)
Gênero: Não ficção (Memórias)
Páginas: 138
Editora: Letramento / Grupo Editorial Letramento