Rock Sula com DNA Brasileiro: Banda Sulamericana lança álbum com sonoridade indie e consciência pop

Sula. Com título que sugere um apelido, a banda cearense Sulamericana lança seu primeiro álbum. O trabalho chega dois anos depois do início da produção e conta com 09 canções. Entre os compositores, Zylton Sena, que junto a Lucas Espínola formam a linha de frente da banda. O novo álbum foi mixado e masterizado por Alex Reis em São Paulo.

“Este é o nosso primeiro disco, contamos com a ajuda de amigos compositores, além das músicas inéditas do Lucas Espínola (vocalista) e outras parcerias comigo”, disse Zylton Sena (teclado).

A direção musical é do também cearense Rafael Martins, cantor, artista solo e um dos integrantes da banda Selvagens a Procura de Lei, que já dividiu palco com artistas de diversos segmentos a exemplo de Scalene, Jota Quest, Paralamas. “Gravamos no estúdio Trilha Sonora especificamente em busca de uma sonoridade mais brasileira e que tem toda equipe ambientada a este estilo musical”, comentou Lucas.

Desde que estreou na cena cultural de Fortaleza, em 2013, a Banda Sulamericana expressa, em melodia e letra, a complexa realidade do cotidiano, entre tramas, positividade e desafios. O coletivo mescla um som variado com o indie rock, rock alternativo e influências de grupos e artistas do cenário brasiliense.

A banda é formada por Hugo Lage (guitarra), Ian Antunes (bateria), Lucas Espínola (voz e guitarra), Tiago Gnomo (Baixo) e Zylton Sena (Teclado), e em sua estreia, a lançou o EP Sulamericana. Já em 2018, lançou o single e videoclipe de Céu Azul e Lado Bom, em 2019. Além de ter participado de vários festivais autorais locais, como: Ponto CE, Festival Vida & Arte, MADAROCK, Garage Sounds e entre outros.

Nessa entrevista conversamos com a banda sobre sua trajetória, processo de composição e gravação, influências musicais e planos futuros. Confira!

De onde surgiu o nome “Sulamericana”? Foi uma ideia tirado do termo “Americano” bastante usado nos Estados Unidos. Então, pensamos no nome como uma menção de regionalidade no termo. Assim, veio a Sulamericana.

Como e quando a banda surgiu? A banda se formou desde 2013, surgiu da ideia de continuar produzindo nossas musicas. Eu e o Tiago (baixista) tínhamos acabado de sair da nossa antiga banda, que era a Enverso, então aquele sentimento de criação sempre se manteve intenso e, naquele momento, percebemos que, independente de qualquer coisa, precisávamos continuar na música. Assim, veio a ideia da Sulamericana.

Como foi o processo de gravação e composição do último disco lançado? Quem produziu o disco e masterizou? As músicas, na grande maioria são compostas por mim e por Zylton. Geralmente, criamos a letra e melodia e depois, junto com a banda, buscamos transpor para algo que todos gostem. São musicas que contam momentos de vida pessoais, mas que, em forma de metáforas, acabam que identificam as pessoas e suas relações de amor e cotidiano. A produção ficou por conta do Rafael Martins, vocalista da Selvagens a Procura de Lei. As coisas começaram a funcionar muito bem no primeiro trabalho que fizemos com ele, que foi a produção apenas um Single. Com isso, percebemos a necessidade de imprimir algo com a nossa personalidade musical. Então, a produção do “Rafa” foi essencial para que pudéssemos colocar a nossa identidade.

Quais são as principais influências musicais da banda? Pelo fato de serem 5 integrantes, nossas influencias são muito diversas. Mas, buscamos trazer o que sempre escutamos hoje em dia com o que gostamos. Tudo isso com a ideia de trazer um som Brasileiro. Então, vai desde Blink 182, Caetano, Secos e Molhados, Belchior, Arctic Monkeys.

Que inspirações estão presentes nestes últimos lançamentos? As composições abordam histórias pessoais? As inspirações sempre estão ligadas as situações cotidianas e questões de relacionamento. As musicas buscam trazer, de alguma forma, experiencias pessoais e também de relacionamentos.

O disco foi muito bem recebido nos de sites de música especializada nacionais e internacionais . Como a banda está vendo esse feedback tão positivo do material lançado? Estamos muito felizes com tudo que está acontecendo. Apesar de ser o nosso primeiro disco, por estarmos há algum tempo tocando juntos, conseguimos imprimir um pouco de cada um nas musicas. Para nós que trabalhamos com musica, é muito bom poder escutar o seu trabalho e se sentir orgulhoso do resultado. As pessoas acabam, independente de qualquer coisa, compreendendo a nossa identidade com o trabalho.

Suas músicas demonstram muita intensidade e entrega por parte da banda. Existe alguma composição que seja mais especial para vocês? Por se tratarem de composições muito pessoais, todas tem um significado muito importante. Mas, sem dúvida alguma, a música “Ei, Dulce!” tem um significado muito especial pois foi composta para a minha filha.

Há previsão de algum novo material? Sim! Já estamos produzindo trabalho novo e que será lançado ainda no primeiro semestre deste ano. Temos um projeto de gravação do show que também vai sair neste semestre.