Silenciado Pelo Destino é a primeira exposição individual de Odrus, destacando sua arte urbana no Espaço Cultural Renato Russo, em Brasília, com foco na inclusão

Muito embora já tenha participado de exposições nacionais e internacionais e venha grafitando a cidade há 24 anos, um dos mais expressivos representantes da cultura urbana de Brasília nunca tinha exposto sua obra individualmente.

Silenciado pelo Destino, em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), é a primeira exposição individual de Odrus. O nome Odrus, aliás, é uma inversão da palavra “surdo”, e que marca a identidade de Rafael Santos como artista surdo e ícone da arte que emana das ruas da capital. Criada para integrar a programação do projeto Trilha da Inclusão, a exposição conta com recursos tecnológicos inéditos de audiodescrição em todas as obras. A entrada é franca.

A exposição com 20 obras explora a jornada pessoal e artística do grafiteiro, destacando as barreiras enfrentadas por pessoas com deficiência e a maneira como a sociedade muitas vezes silencia essas vozes únicas.

Odrus utiliza a arte como um meio poderoso de expressão, superando limitações e desafiando percepções sobre deficiência e inclusão. Suas obras são um testemunho de resistência e inovação. Em seus trabalhos estão as marcas de sua trajetória: pessoas negras, cultura surda e as comunidades periféricas.

SERVIÇO:

Silenciado Pelo Destino – Exposição do artista Odrus
Período: 14 de junho a 7 de julho
Local: Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul) – Brasília – DF
Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 20h

ODRUS

Rafael Santos é grafiteiro, surdo, que utiliza a arte urbana para deixar a sua marca enquanto pessoa surda pelos locais por onde passa – Odrus é surdo de trás para frente. Já participou de exposições, como a Mundez no Museu Nacional de Brasília e a ECCO. Levou seu trabalho para eventos de graffiti internacionais, nos Estados Unidos, França, África do Sul, Espanha, Panamá e Canadá.

Odrus gosta de enfatizar o lado social de seu trabalho artístico, pregando a valorização das pessoas negras, da cultura surda e das comunidades periféricas. Atuante também em projetos sociais, já deu oficina de graffiti para crianças surdas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e na Unidade de Internação do sistema socioeducativo de Planaltina, por acreditar no poder da arte de transformar vidas.

E na França e na África do Sul realizou oficinas para crianças surdas.