“Quem canta um ponto inventa um conto” é composta por três episódios que utilizam a linguagem do circo e do teatro popular, para contar histórias com inspiração na ancestralidade do povo brasileiro
Combater a desinformação é uma das principais ferramentas de reeducação e, consequentemente, de luta pelo fim de intolerâncias. Daí nasceu a série “Quem canta um ponto inventa um conto” com incentivo do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. O projeto consiste em trazer músicas presentes em tradições populares como os maracatus, terreiros e sambas de roda, como fonte de inspiração para a contação de histórias relacionadas com a vida e a ancestralidade dos brincantes em cena.
Entidades consideradas sagradas em manifestações brasileiras como caboclos, erês e ciganos são também povos que compõem a identidade atual e a ancestralidade brasileira. Da mesma forma, as músicas cantadas e tocadas nos terreiros para estas entidades – os pontos – que são, muitas vezes, estereotipadas como “macumba”, são também musicalidades amplamente presentes na cultura e no cotidiano popular nacional.
Com o intuito de costurar essas histórias, torná-las conhecidas e valorizar as raízes originárias de nossas identidades foram produzidos três episódios de uma série voltada ao público infanto-juvenil. Cada episódio aborda um ponto e uma história inspirada nesses ancestrais por meio da linguagem da palhaçaria, bonecos, acrobacia aérea, brinquedos populares, músicas e outros elementos.
“É uma inspiração em povos que fizeram parte da formação do povo brasileiro e que estão presentes na maioria de nossas árvores genealógicas, mas muito de nós sequer sabemos. Nossa intenção com a série não é folclorizar esse fato, mas sim conscientizar o público de que esses povos formaram nosso povo e que eles existem, que estão aqui ainda” reforça Bruna Luiza, proponente do projeto.
O projeto é protagonizado por artistas periféricos e tem no grupo de brincantes mãe e filho, Bruna Luiza e Bento Araújo. Seguindo as tradições das famílias circenses, vivenciam juntos as gravações e enaltecem a importância do brincar como filosofia de vida. Bento (10 anos), Palhaço Borboleta Frita, nome em homenagem ao Mestre Mandioca Frita com quem convive desde os cinco anos, contracena no episódio com o próprio mestre. A participação de Luciana Meireles, brincante e atriz periférica, para compor um dos episódios é uma forma de enriquecer o conteúdo e fomentar ainda mais a cadeia cultural fora do centro do Distrito Federal.
COMO ASSISTIR À SÉRIE
Lançamento na Eco Feira do Mercado Sul no dia 15 de junho
Confira também as atualizações sobre a série no canal do YouTube da Cia Rosarianas
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC94k7j0IRLUKtX0AOLL1Hrw
FICHA TÉCNICA
QUEM CONTA UM PONTO, INVENTA UM CONTO
Coordenação Geral: Bruna Luiza
Coordenação Administrativa: Alessandra Rosa
Produção Executiva: Bruna Luiza
Direção Artística: Luciana Meireles
Roteiro: Bruna Luiza
História Onça Yaya: História tradicional do povo Xakriabá (MG) roteirizada por Luciana Meireles
Designer Gráfico: Isabela Tibães
Fotógrafo: Webert da Cruz
Coordenador de Comunicação: Josuel Junior
Registro Audiovisual: Guilherme Campos
Edição: Guilherme Campos
Intérprete de Libras: Jose Carlos
Artistas Brincantes: Luciana Meireles com Maria das Alembranças, Mestre Mandioca Frita, Bento e Bruna Luiza com a boneca Mãe Véia e a boneca Onça Yaya
Músico: Daniel Carvalho
Voz dos Cantos: Felipe Guima
Figurino: Francisco Rio e Mestra Nem Rocha
Ministrante do MiniCurso: Luiz Rufino