Cantora e compositora Rosa Avilla lança álbum de jazz Kind of Rose com canções que marcaram época
A cantora e compositora Rosa Avilla lança nas plataformas digitais, Kind of Rose, seu primeiro disco de jazz. Como uma despretensiosa homenagem ao Kind of Blue, disco de Miles Davis e um dos mais importantes do jazz no mundo, o álbum de Rosa é formado por standards e canções que marcaram época, com arranjos assinados pelo maestro, pianista e arranjador David Pasqua.
Em dezembro, Rosa lançou o single Habanera, uma adaptação jazzística de uma ária da ópera Carmen, de George Bizet, de 1875. Habanera é o nome popular de “L’amour est un oiseau rebelle” (o amor é um pássaro rebelde), uma obra marcada pelo caráter transgressor da protagonista, um personagem que exibe poder, liberdade e sensualidade.
“O repertório foi cuidadosamente escolhido com canções que marcaram época, seja pela característica de seus intérpretes ou pelas ideias contidas, como o caso de Habanera, possivelmente a primeira ópera feminista produzida no mundo”, conta a artista. “E dar um caráter jazzístico a ela contribuiu como diferencial num disco que já traz standards igualmente marcantes. Muitas mulheres estão representadas neste trabalho”.
No disco, Rosa (voz) está acompanhada por Ricardo Castellanos (piano), Marcelo Rocha (baixo), Edson Ghilardi (bateria) e a participação especial de Hector Costita (sax tenor). No repertório do disco estão Lover Man (James O. David, Jimmy Shermann, Roger Ramires), Sorry Seems to be the Hardest Word (Elton John e Bernard Taupin), The Man That Got Away (Harold Arlen e Ira Gershwin), Habanera (Georges Bizet, Henri Meilhac e Ludovic Halévy), Fine and Mellow (Billie Holiday), Blue Eyes (Elton John e Gary Osborne) e Lullaby of Birdland (George Sharing e George David Weiss).
Em 2021, Rosa lançou Te Seguirò – Rosa Avilla canta David Pasqua, seu álbum de estreia, autoral, com repertório em italiano. Também médica, Rosa acredita que a medicina e a música são artes que curam: a primeira, dos males do corpo, a segunda, da alma. E completa, “Parece clichê, mas temos estudos científicos mostrando benefícios específicos da música em determinadas áreas da medicina e especialmente nesse momento de retomada, a música pode ser um instrumento de incentivo”. Anestesista, é também Mestre em Psiquiatria e Psicologia Clínica pela UNIFESP, é coordenadora do curso de pós graduação em anestesia e com vários projetos de pesquisa ligados ao uso de drogas por populações específicas.