O álbum “Nascentes”, da Mano Unica, é uma jornada sonora latino-americana que reúne ritmos e participações especiais em uma odisseia musical

Mano Unica divulga seu primeiro disco autoral, intitulado “Nascentes”: um projeto coletivo, produzido pelos próprios membros da banda, que explora as diversas facetas dos ritmos latino-americanos, mergulhando em maracatu, candombe, coco, chacarera, zamba, vidala, cumbia, ijexá, e muito mais.

 

As composições do álbum, todas originais, representam uma fusão audaciosa da música contemporânea com as raízes da cultura popular, resultando em canções ricas em profundidade, camadas e formas de conexão. “Nascentes” é uma obra que reflete o aspecto coletivo do grupo, com cada membro contribuindo não apenas na execução, mas também na produção musical. Cada integrante, por sua vez, tem pelo menos uma música autoral gravada, seja em parceria com outros membros ou solo.

Pedro Rodrigues, percussionista e fundador da Mano Unica, compartilha: “Para nós, o Brasil deve ser entendido como parte integrante do que se convencionou chamar de América Latina. É central que deixemos de pensar o nosso cenário nacional como algo apartado e que dialogue pouco com o restante dos países que fazem parte de nosso continente.”

O álbum “Nascentes” é dividido em três movimentos, simbolizando o curso de um rio. O primeiro representa o estouro das margens, incorporando o grito político do projeto. O segundo movimento traça o caminho dessas águas que, aqui, são interpretadas em claves rítmicas. No desfecho, como uma forma de resgate de nossa ancestralidade, o rio deságua no mar. Cada um deles foi gravado e mixado por diferentes parceiros. As gravações foram realizadas no estúdio Trampolim, Nheengatu Produções e estúdio Pele Preta e as mixagens feitas por Felipe Julian, Marcos Alma e André Magalhães. Já a masterização foi assinada por Maurício Gargel.

 

Colaborações de peso enriqueceram “Nascentes”, contando com a participação de artistas atuantes na cena cultural brasileira, como Thiago Elniño, Brisa Flow, Fabiana Cozza, Loreta Colucci, Hélio Francisco, Máximo La Malfa e os integrantes do naipe de sopros do grupo Samuca e a Selva (Bio Bonato, Kiko Bonato, Victor Fao e Felippe Pipeta).

O videoclipe da faixa “Guerrilha”, que acompanha o lançamento do álbum, é fruto de uma parceria entre a Mano Unica e a Casa Marighella, produtora audiovisual focada no cenário da música independente. O clipe oferece uma visão da arte de guerrilha em São Paulo, destacando a ideia de resistência.

Mano Única é Julio “Dreads” Oliveira (voz principal e percussão), Leandro Canhete (percussão e voz), Pedro Rodrigues (percussão), Macarena Rozic (voz), Lourdes Miranda (voz), Fernando Salvador (guitarra), Thor Moura (baixo) e Pedro Vithor Almeida (clarinete e sax Soprano).

Este projeto foi contemplado pela 6ª Edição de Apoio à Música para a cidade de São Paulo —Secretaria Municipal de Cultura.

SOBRE MANO UNICA

A Mano Unica é formada por Julio “Dreads” Oliveira (voz principal e percussão), Leandro Canhete (percussão e voz), Pedro Rodrigues (percussão), Macarena Rozic (voz), Lourdes Miranda (voz), Fernando Salvador (guitarra), Thor Moura (baixo) e Pedro Vithor Almeida (clarinete e sax Soprano). Todos os músicos são dedicados à exploração da cultura e das sonoridades latino-americanas.

Em 2018, a banda obteve financiamento por crowdfunding para a produção de seu primeiro disco, “Lecturas”, lançado em 2019 nas principais plataformas de streaming. Realizando performances memoráveis em espaços culturais independentes e eventos relevantes, a Mano Unica consolidou sua presença no cenário musical, incluindo uma turnê na cidade de Tucuman, na Argentina. O grupo se apresentou em locais como Festival Cultura de Boteco, Teatros do Sesi, Casa de Francisca, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Teatro Cacilda Becker, Jazz nos Fundos, CCSP, Jazz B, entre outros.

Para saber mais, acesse: https://www.youtube.com/@ManoUnica

SOBRE O VIDEOCLIPE “GUERRILHA”

A música “Guerrilha,” composta por Pedro Rodrigues e Fernando Salvador, destaca-se no álbum por abordar a resistência negra e indígena contra o projeto colonizador europeu no Brasil. O clipe, em parceria com a Casa Marighella, retrata a experiência da arte de guerrilha em São Paulo, evidenciando a ideia de resistência nas margens dos rios e no interior das matas.

A música é um reflexo das lutas contemporâneas, ocupando espaços nas cidades construídas sobre rios e resultantes do desmatamento das vegetações originárias, tornando-se verdadeiras áreas de guerrilha. Participaram como personagens do clipe, Kidauane Regina, Ednaldo da Costa, Diego Henrique , Julio “Dreads” Oliveira e Lourdes Miranda.