Neste final de semana, um espetáculo diferente será apresentado no teatro da Casa Thomas Jefferson. “Libertinas” mistura diferentes ritmos e estilos musicais para falar de feminismo

Bruxas, putas, irreverentes, LIBERTINAS. Todos esses adjetivos já foram, um dia, direcionados às mulheres que escolheram a liberdade de viver o amor, de serem desejantes e livres. A música, como uma arte atemporal, gerencia essas personagens de algumas óperas e canções que serão apresentadas nesse projeto que traz questionamento sobre o amor, gênero, lutos e paixões.

Se por um lado temos elementos clássicos da ópera, por outro, temos a ousadia e a quebra de padrões sugeridas pelo hip hop. Pensando nesses elementos aparentemente díspares, surgiu a ideia de realizar uma obra que transita assumidamente por essas linguagens

O grupo Mousikê Femme é composto por artistas consagradas da música clássica brasiliense e convidou a também consagrada Lídia Dallet, rapper, cantora, compositora brasiliense, crescida no P Sul, bairro de Ceilândia, para que as linguagens musicais estejam juntas no mesmo palco. A rapper brasileira vem desenvolvendo com muito carinho e solidez uma sonoridade influenciada nos Griots, nos Blues de uma nota só, harmonias do Jazz, tudo isso e muito mais, somado às influências rítmicas, harmônicas e poéticas da música brasileira.

O espetáculo LIBERTINAS, que tem o palco ocupado somente por mulheres, traz esses questionamentos sobre a ótica do feminino de forma irreverente como a fusão de dois estilos. Quando se fala de música, fala-se de uma arte atemporal, onde ela gerencia personagens, como no caso da ópera, a questionamentos sobre o amor, o sexo e o desejo dessas mulheres.

O termo “hip” é usado no Inglês vernáculo afro-americano (AAVE) desde 1898, onde significa algo atual, que está acontecendo no momento; e “hop” refere-se ao movimento de dança e suas variações. Já o termo “ópera” provém do latim opera, plural de opus (“obra”, na mesma língua), sugerindo que esta combina as artes de canto coral e solo, recitativo e balé, em um espetáculo encenado.

A equipe da peça é composta por profissionais que se destacam no cenário do DF no campo da música erudita, do hip hop e da produção cultural. Recentemente, o Mousikê Femme esteve em Samambaia com o espetáculo “O negro e sua música”. E de Samambaia, vem o produtor Josuel Junior, agitador cultural que já levou obras da cidade para mais de 15 festivais latino-americanos de teatro.

Profissionais que representam a cidade no Brasil e mundo afora. É o momento do Distrito Federal, tão forte na propagação de espetáculos teatrais e musicais, carimbar o selo de um produtor um espetáculo audacioso, criativo e multicultural a nível de exportação internacional.

LIBERTINAS será apresentado no Teatro da Casa Thomas Jefferson, que fica na 706/906 Sul e conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.

SERVIÇO

Sábado, dia 29 de julho, em duas sessões: 11h e 19h
Domingo, dia 30 de julho, em sessão única: 19h
As sessões são gratuitas e o público pode retirar os ingressos na bilheteria do Teatro da Casa Thomas Jefferson antes das sessões, que contam com Intérprete Tradutora de Libras
Endereço: 706/906 Sul, via W5
Classificação: 12 anos

FICHA TÉCNICA

LIBERTINAS – ÓPERA, HIP HOP E FEMINISMO
Realização: Mousikê Femme
Coordenação Administrativa: Suene Karim
Coordenação de Produção: Aida Kellen
Produtor Executivo: Josuel Junior
Diretora Artística: Luciana de Oliveira
Diretora Musical: Diana Mota

Intérpretes Mousikê Femme
Solista (Ópera): Aida Kellen
Bateirista/Percussionista: Luciana de Oliveira
Pianista: Duly Mittelsted
Flautista: Diana Mota
Artista Convidada: Solista (Hip Hop): Lidia Dallet

Designer Gráfica: Karol Kanashiro
Fotógrafo: Robson Cesco
Assessor de Imprensa: Josuel Junior
Intérprete Libras: Letícia Amarante
Iluminação Cênica: Manu Castelo Branco
Maquiadora: Dully Mittelsted
O projeto conta com recursos do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal