Composto por nove faixas, lançamento de Konai passeia pelo experimental, funky soul, rap, samba, rock, gerando uma mistura única
Konai tem apenas 21 anos, mas se destaca no cenário musical há pelo menos 5 anos. Com mais de 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify, o artista começou sendo referência no estilo sad songs no Brasil. Agora, porém, mostra versatilidade em seu novo EP “NJDDAMC (23:58)”, que chega às plataformas digitais nessa sexta-feira, no qual apresenta sua característica experimental, de criar experiências em cada produção, e trazendo referências claras do funky soul, rap, samba, rock, trazendo faixas diferentes e únicas.
“’NJDDAMC (23:58)’ é uma mixtape que basicamente prepara o terreno pro álbum que vem aí. A gente quis experimentar de tudo e ainda dar um gostinho das coisas que já fez um dia, tanto que parte dela são sons antigos que a gente preferiu nem mexer muito pra preservar o que nossos ‘eus’ do passado estavam pensando no momento”, compartilha Konai.
Que continua: “Isso misturado com toda a maluquice que a gente vinha maturando a uns meses e entendendo melhor como funcionavam, são novos jeitos de dizer as mesmas coisas, já que tudo se transforma mas não deixa de ser o que é, não se esquece de onde veio. Sem padrões de mixagem ou gênero musical, a sonoridade é o que ela pede e vai ser pra sempre o que quiser, quase como se falasse por si só, não precisa de padrões pré concebidos, o que pra nós, deixa tudo mais interessante”.
“NJDDAMC (23:58)” conta com oito faixas autorais, sendo a primeira uma intro, que serve como um cartão de visita para a apresentação que chega em “1. 2000”, um misto de desabafo e recado para quem vai ouvir o novo projeto do Konai. Na sequência, interpretada em inglês, “2. fonkyyyyy” traz psicodelia e o ritmo contagiante do funky soul.
Depois de trazer uma pegada norte-americana, “3. roda de bamba” chega para entregar a brasilidade do samba de uma forma inovadora, com uma mensagem mais romântica e áudios sobrepondo a música, entregando uma produção digna do cantor. “4. 久しぶり (hisashiburi)” traz arranjos que remetem ao Japão e uma mensagem que é traduzida pelo nome da música, que significa “há quanto tempo que não nos vemos”.
Em “5. bad excuses”, mais uma faixa em inglês, Konai apresenta um rock, com uma pitada de The Killers. Já “6. alguem” retoma a vertente sad songs do cantor, falando de sentimentos com uma densidade maior. “7. alguem speed dnb” chega na sequência em uma versão acelerada, que ganha cada vez mais forças nas plataformas, como TikTok.
Encerrando o EP, “8. cmaddjn”, que, para os olhares mais observadores, é o nome do EP invertido. Com sua habilidade em produção, Konai entrega uma faixa experimental que parece estar sendo tocada ao contrário. A sigla do EP significa “novos jeitos de dizer as mesmas coisas”, e Konai segue com sua mensagem, sua essência de misturar, “brincar” com tons, sons e melodias, mas mostrando novas formas de se expressar, em diferentes estilos.