“Justiça 2” estreia no Globoplay, prometendo reflexões sobre o conceito de justiça. Ambientada no Distrito Federal, a série acompanha quatro personagens em busca de reparação
Com atores do Rio de Janeiro e de Brasília, a série Justiça 2″ estreia nesta semana no Globoplay e promete fazer o público refletir, tal qual sua primeira temporada, exibida no ano de 2016.
Em “Justiça 2”, personagens que cometeram delitos são soltos após sete anos e precisam lidar com as consequências de suas prisões. Essas quatro histórias independentes se interligam e provocam a reflexão sobre o que é justiça, a partir do entendimento particular de cada personagem. Com um total de 28 episódios, “Justiça 2” chega ao Globoplay no dia 11 de abril, dividida em quatro episódios semanais.
As histórias de Milena, Geiza, Jayme e Balthazar deixam no ar a pergunta: o que, realmente, é justiça?
“As histórias são novas, a cidade é nova, a cidade também é um personagem. E o formato é o mesmo. O protagonista de uma história é figurante em outra história. Elenco de apoio em outra história. E isso eu acho que quem viu a primeira temporada vai matar saudade”, destaca Manuela Dias, autora da série
Nanda Costa e Paolla Oliveira também participam de “Justiça 2”. Nanda é Milena, uma jovem que se envolve em pequenos crimes. Paolla é Jordana, uma fazendeira rica e empresária da música. Dois universos distantes que se cruzam depois de um assassinato.
Com foco no antes e no depois do encarceramento, a série acompanha o processo dessas pessoas em sua volta para casa e na busca por justiça que elas e outros personagens da série empreendem a partir daí. Uma procura, no entanto, que não é exatamente aquela ligada ao dos processos judiciários.
“Justiça 2″ não é uma série focada em questões judiciais. Ela é focada naquilo que a gente acredita que é a justiça, no conceito e na esperança de uma justiça. A gente acredita tanto em justiça que, quando a da Terra falha, nós acreditamos que haverá uma justiça divina”, explicou a autora Manuela Dias na coletiva de imprensa sobre o lançamento da série.
De acordo com a autora, no entanto, esse tema central se ramifica em vários outros assuntos, intrinsecamente ligados aos sentimentos, desejos, ações e histórias vividas por aqueles que estão em busca desse tipo de reparação.
Diferente da primeira temporada, transmitida na TV aberta e ambientada em Recife, “Justiça 2” entra direto no Globoplay e terá como pano de fundo os cenários de Brasília e Ceilândia, no Distrito Federal. A localidade, assim como aconteceu em 2016, promete ser um personagem extra da série, incorporando muito de sua vivência e dinâmica nas histórias apresentadas.
Ceilândia, em específico, região mais populosa do DF e onde foram gravadas a maioria dos episódios, promete ser fundamental para entendermos que tipo de narrativas a série pretende retratar. O ponto positivo foi a escolha da cidade como locação de uma obra da Globo. Brasília já foi cenário de novelas e séries como “O Rei do Gado”, “Estrela-Guia” e “Felizes para Sempre” e agora Ceilândia terá o reconhecimento que merece. No entanto, houve pouco aproveitamento de atores e atrizes do próprio Distrito Federal para os papéis da linha de frente. Quórum para isso há.
De acordo com Manuela Dias, o local cheio de identidade cultural serve como contraplano histórico daquilo que normalmente é visto pela sociedade, ajudando a mostrar histórias não contadas ou até mesmo silenciadas de personagens achatados por suas funções sociais — como é o caso do motoboy Balthazar (Juan Paiva) e da manicure Geíza (Belize Pombal).
Além de Belize Pombal, Juan Paiva, Murilo Benício, Nanda Costa, Paolla Oliveira, Alice Wegmanne e do retorno de Leandra Leal como Kellen, “Justiça 2” conta com outros nomes de atores vindo dos Estúdios Globo, como como Marco Ricca, Maria Padilha, Julia Lemmertz, Marcello Novaes, Danton Mello, Tulio Starlig Filipe Bragança e Xamã. Já de Brasília, os atores escalados pela produção foram Sergio Sartório, Filipe Lima, Fernando Coelho, Marcelo Pelúcio, Josuel Junior e Lúcio Campelo, em participações pontuais.