Com a coprodução de Alê Siqueira, compositor Fernando Grecco grava disco de canções ao lado de grandes instrumentistas
Mesmo sendo um álbum de canções, os arranjos elaborados e o time formado por grandes músicos, muitos da cena instrumental, reforçam o cuidado com que esse projeto foi concebido. Vir a ser, segundo álbum autoral do compositor, violonista e guitarrista Fernando Grecco, acaba de ser lançado nas plataformas digitais.
O repertório é composto por estilos e ritmos que vão da bossa nova até o rap, passando pelo jazz, jazz-rock, frevo, ritmos afro brasileiros, com letras sobre temas existenciais e filosóficos, às vezes complexos, mas colocados de forma simples e direta, algumas vezes trazendo críticas políticas e sociais.
Sendo Fernando o produtor, arranjador e o único compositor de todas as canções, Vir a Ser tem a coprodução de Alê Siqueira, a mixagem de Ricardo Mosca e a masterização de Carlos Freitas (Classic Master). Conta com as participações de músicos como Ricardo Herz, Antônio Loureiro, Fábio Sá, Ana Karina Sebastião, Felipe Roseno, Cleber Almeida, Swami Jr, Fábio Sá, Joana Queiroz, Louise Wooley, Sérgio Reze, Fred Heliodoro, entre outros. Os arranjos das treze faixas, combinam o acústico e o eletrônico, as guitarras e os sintetizadores.
O álbum começou a ser produzido em 2019, mas teve sua conclusão adiada em função da pandemia. Ao longo de todo o período de isolamento, Fernando lançou os singles Canto e Agora (2020), Tempo (2021) e já neste ano, disponibilizou Essa Vai e recentemente Maracatu da Verdade. Além dessas canções já apresentadas há mais oito faixas inéditas, entre elas novidades inusitadas como o rap Inevitável Fim (o primeiro composto por Fernando) com fortes críticas sociais, a única faixa instrumental Antes da Palavra com participação de Ricardo Herz ao violino e rabeca, e Amor Impossível, sobre um mito grego do amor, que terá um clipe com desenhos animados editado especificamente para o formato das telas de celulares e redes sociais. É Preciso Acordar, Frevo da Lua Cheia, Vida, A Corda Mi e Vir a Ser, que dá nome ao disco, compõem também o repertório e ganharão videoclipes que serão lançados entre Dezembro e Abril de 2023.
Para Fernando, “A canção é uma forma de expressão artística que permite muitas possibilidades, misturas, fusão de estéticas musicais e literárias, e isto me atrai muito. Apesar de ter uma formação mais voltada ao instrumento, sempre ouvi, cantei e toquei canções”. E completa “fiquei muito feliz que neste trabalho, praticamente todo produzido e gravado em meu novo estúdio, eu pude estar bem acompanhado de músicos que admiro demais, aprender com o Alê Siqueira um pouco da arte e das possibilidades da produção musical, e através das letras tocar em temas como a verdade, a vida, o tempo e o amor, que me intrigam e me impulsionam a fazer arte. Apesar do clichê, é a realização de um sonho”.
Um pouco sobre Fernando Grecco
Paulistano, Fernando iniciou os estudos com a guitarra aos 15 anos, tocando em festivais de colégios, mas deixou a música como segundo plano quando ingressou na faculdade de Engenharia Elétrica e enquanto construiu carreira de executivo na área de informática, e depois na área de Marketing. No entanto, em 2009, decidiu entrar de cabeça na sua paixão, a música, idealizando e fundando o selo musical e produtora Borandá, onde teve a oportunidade de trabalhar com grandes nomes da canção de da música instrumental brasileira como Egberto Gismonti, Ná Ozzetti, Toninho Ferragutti, Verônica Ferriani, entre outros.
Em 2011 Montou o grupo Zanzibar, ao lado de Miguel Fernandes (violões), Beto Angerosa (percussão e voz) e Edgar Bueno (tabla indiana e voz), para fazer versões instrumentais para canções de Edu Lobo. Em 2017, lançou o EP autoral Repente da Palavra, com o qual fez turnê de shows que entremeava suas composições e algumas releituras com textos baseados em suas leituras de filosofia e psicanálise.