A Galeria Casa do Casapark apresenta a mostra coletiva “Desígnio paisagem”, com obras dos artistas visuais Adriana Vignoli, Efe Godoy, José Bento, Matias Mesquita, Pedro Motta e Rochelle Costi. Com curadoria de Carlos Silva, os trabalhos abordam questões relacionadas ao tema da paisagem.

A mostra fica em cartaz na Galeria Casa até o dia 18 de dezembro, com visitação de terça a sábado, das 14h às 22h, e domingo, das 12h às 20h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. A Galeria Casa fica no Casapark, Piso Superior, dentro da Livraria da Travessa.

Para a mostra na Galeria Casa, o curador selecionou obras de artistas representados pela Casa Albuquerque Galeria de Arte. São trabalhos que abordam questões da paisagem de diversas formas e suportes. “A paisagem faz parte da produção artística desde os tempos mais remotos. Como tradição, ela apresenta uma construção poética que varia com as escolas e os estilos. Em arte, podemos ter paisagem naturalista, estilizada, fragmentada, concentrada, num sem-número de variações”, ressalta o curador Carlos Silva. “Desenvolvidas em muitas tendências, apresenta-se nos dias de hoje como campo em expansão. Aqui nesta exposição, podemos fruir com algumas formas específicas de autoria”, completa.

Sobre artistas e poéticas

Adriana Vignoli

Adriana Vignoli trabalha com instalações e esculturas feitas com materiais como terra, concreto, cerâmica, vidro, metais, plantas e tecnologia digital. Seu processo parte da construção de objetos geométricos dispostos no espaço em estruturas em tensão e equilíbrio. Elementos químicos ou biológicos que interfiram ou possam interagir com essas estruturas são adicionados, de modo a provocar-lhes interações e modificações, seja de peso, de estado físico, de volume. Ela propõe esculturas que têm vida própria e se modificam lenta e continuamente, transformando-se em formas outras, imprevisíveis. Interessa a ela dissolver as fronteiras material e simbólica das coisas; provocar o observador a experimentar o tempo como um fluxo contínuo, indissociável em passado, presente e futuro.

Em junho de 2021, Vignoli participou da Residência Artística Internacional no Pivô, em São Paulo. Em 2020 foi selecionada para a Residência Artística Internacional no Hangar em Lisboa, Portugal, e recebeu o Prêmio Nacional de Exposições do TCU em Brasília. Em 2019, participou de exposição coletiva internacional na Fundación Klemm, Buenos Aires, e foi selecionada para o 24º Salão Anapolino, GO. Em 2016, foi artista indicada para o Prêmio PIPA e contemplada com o prêmio do Salão Mestre D’armas de Planaltina, DF. Recebeu o Prêmio Nacional da FUNARTE de Arte Contemporânea, 2015. Entre 2013 e 2014, morou em Berlim e expôs na Nassauischer Kunstverein, de Wiesbaden, e na Hochschule für Bildende Künste, em Dresden. Apresentou exposição individual na Galeria Referência, Brasília (2018), na Galeria Zipper, São Paulo (2017) e Elefante Centro Cultural, Brasília (2016). A artista é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília e, atualmente, realiza doutorado no Instituto de Artes, também pela UnB. Nascida em Brasília, a artista vive e trabalha em Brasília.

Efe Godoy

Com propostas artísticas que transitam entre desenho, pintura, música e performance, Efe Godoy é graduada em Artes Plásticas na Escola Guignard. Sua relação com o desenho é quase instintiva e começou na própria infância. Em suas obras vemos frequentemente animais e plantas em forte simbiose com o humano, e com os aspectos ordinários da vida cotidiana, da memória e do passar do tempo. Além de uma intensa ligação com letras de música e poesias.

Desde 2010 lidera os vocais do projeto musical “Absinto muito”. Realizou as exposições individuais: “Ter sido passarinho tecido”, Instalação site-specific, 104, Belo Horizonte, 2014; “Do lado de dentro da cabeça’, Teatro Municipal de Anápolis, Goiás, GO; “Por enquanto pássaros”, no BDMG Cultural, Belo Horizonte, MG, ambas em 2015. Em 2016 participou da 6ª edição da Bolsa Pampulha, no Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte; “No mesmo tempo que crescem as plantas e todas as coisas”, no Memorial Minas Gerais Vale, 2016; Exposição “Como se eu estivesse lá”, na Aliança Francesa; “Do objeto que já foi do seu Afeto”, no SESC Palladium, 2017; Exposição “Depois de Num sei o quê”, Universidade Fumec; “Paisagem: a repetição do que é impermanente”, em Londrina, 2017; Performance “Expedição postal”, na exposição “Lorenzato: Simples Singular”, no Centro Cultural Minas Tênis Clube em 2017; Exposição individual “Estranho Particular”, na Celma Albuquerque, em 2019. De Sete Lagoas, a artista vive e trabalha em Belo Horizonte, MG.

José Bento

O desejo de ser artista habita José Bento desde a infância. Autodidata, de um saco de palitos de picolé nasceu, por volta dos 20 anos, a ideia de fazer o primeiro objeto: uma cadeira em tamanho natural, constituída por tais fragmentos de madeira, material que jamais abandonou. A partir daí, cria com palitos uma série de ambientes em miniatura, expostos em sua primeira individual no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, em 1989. Nessa época, começa a explorar as possibilidades da madeira em outras escalas e formatos por meio de seu trabalho com troncos tombados naturalmente, muitos de árvores raras e seculares, recolhidas na região da Mata Atlântica entre Minas Gerais e Espírito Santo.

Seus trabalhos recentes buscam superar os limites formais da escultura e da matéria. Joga com a arquitetura por meio de silenciosas intervenções, constrói e desconstrói objetos, cria instalações interativas, faz fotografia, performance e vídeos, buscando reinventar os lugares para materiais como a madeira, a porcelana e o vidro. De Salvador, BA, o artista vive e trabalha em Belo Horizonte, MG.

Matias Mesquita

Graduado em Desenho Industrial / Comunicação Visual pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) em 1998, trabalhou em seguida em editoras e estúdios de animação. Em 2009 passa a frequentar a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, iniciando de fato sua carreira como artista plástico.

Participou de exposições coletivas no Rio de Janeiro – na Caixa Cultural e nas galerias A Gentil Carioca, Luciana Caravello; em São Paulo, nas galerias Emma Thomas e Oscar Cruz; em Brasília – no Museu Nacional da República, na Casa da Cultura da América Latina e na Caixa Cultural; e em Phoenix / EUA, na phICA. Com exposições individuais n’A Gentil Carioca, do Rio de Janeiro, na Zipper Galeria em São Paulo, no Elefante Centro Cultural e na Referência Galeria de Arte, em Brasília e na Matias Brotas Arte Contemporânea, em Vitória, no Espírito Santo. Sua produção está no acervo de grandes colecionadores brasileiros e importantes museus do Brasil, como o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, o MAR – Museu de Arte do Rio, no Rio de Janeiro e o Museu Nacional da República, em Brasília. Mora em Brasília desde 2013, sendo co-fundador do Elefante Centro Cultural, importante espaço de arte autônomo de Brasília que encerrou suas atividades em 2019. Do Rio de Janeiro, RJ, o artista vive e trabalha em Brasília.

Pedro Motta

As paisagens e espaços naturais e rurais da região do Campo das Vertentes (MG) são o foco das pesquisas mais recentes do artista nascido em Belo Horizonte que vive em São João del Rei, MG. Pedro Motta graduou-se em desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2002. Iniciou sua atividade artística pesquisando as estreitas relações entre cidade e indivíduo. Entre suas principais exposições individuais destacam-se: “Uma nota só”, Casa Albuquerque Galeria de Arte, Brasilia (2021), “Jardim Impostor’, Galeria Silvia Cintra + BOX 4, Rio de Janeiro (2019), “Estado da Natureza”, Centro Cultural Fiesp, São Paulo (2019), “Jardim do ócio”, Galeria Luisa Strina (São Paulo, 2018), “Naufrágio calado”, Bendana-Pinel Art Contemparain (Paris, 2018), “Natureza das coisas”, 9º BES Photo, Museu Coleção Berardo (Lisboa, 2013), “Reac­ ción natural”, Centro de Exposiciones Subte (Montevidéu, 2011), e no 27º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte/Bolsa Pampulha (Belo Horizonte, 2004). Também esteve em coletivas como “Past/Future/Present”, Phoenix Art Museum (2017), “Feito poeira ao vento – fotografia na Coleção MAR”, Museu de Arte do Rio (2017), “Les imaginaires d’un monde in-tranquille”, Centre d’Art Contemporain de Meymac (2017); “Soulèvements”, com curadoria de Georges Didi-Huberman, Jeu de Paume (Paris, 2016), TRIO Bienal, Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ, 20151ª Bienal de Fotografia do Museu de Arte Assis Chateaubriand (Masp, São Paulo, 2013); Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP, 2011); Peso y Levedad, Photoespaña, Instituto Cervantes (Madri, 2011); 2ª Bucharest Biennale (2006); e Fotografia Contemporânea Brasileira, Neue Berliner (2006).

Pedro foi contemplado com o 6º Prêmio Marcantonio Vilaça (2017), a Bolsa ICCo/SP-Arte (2015), a residência Flora ars+natura (2013), o 9º BES Photo Museu Coleção Berardo (2011), o Prêmio Ibram de Arte Contemporânea (2011) e a Residency Unlimited/Nova York (2011). Seus trabalhos integram acervos de instituições como MAM-SP, MAM-RJ, MAM-BA, Masp, Sesc-SP, Museu de arte do Rio (MAR-RJ), Coleção Museu Berardo (Lisboa), Centro de Fotografia de La Intendencia de Montevideo e Itaú Cultural.

Rochelle Costi

O ato de colecionar está na raiz de seu processo de trabalho. Resgatar o sentido de matérias e objetos banais é uma das operações postas em obra pela fotografia de Rochelle Costi.

Formou-se em comunicação social pela PUC/RS, Porto Alegre, em 1981. No ano seguinte, permaneceu seis meses em Belo Horizonte, frequentando ateliês de arte na Escola Guignard e um curso de extensão sobre processos fotográficos do século XIX na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. De volta a Porto Alegre, faz instalações com fotografias e objetos que coleciona, tais como cinzeiros, malas, vidros e lâmpadas. Em 1983, realiza a mostra individual “Tentativa de Vôo”, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – Margs e, a partir de então, expõe em outros Estados do Brasil. Em 1988, muda-se para São Paulo, onde trabalha com fotografia editorial. Morou em Londres, entre 1991 e 1992, período em que estudou na Saint Martin School of Art e na Camera Work.

A atuação em jornais e revistas lhe possibilita o contato com ambientes diversos, o que estimula suas pesquisas sobre espaços privados e tem como resultado séries fotográficas em que registra fachadas e interiores de casas. Participou da 24ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1998, e das 6ª e 7ª Bienais de Havana, em 1997 e 1999, entre outras mostras internacionais. Em 1997, recebe o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Funarte e, três anos depois, a Bolsa de Artes da Fundação Vitae. Em 2009 participou da Bienal de Cuenca no Equador. A artista que nasceu em Caxias do Sul, RS, vive e trabalha em São Paulo, SP.

Serviço:

Desígnio paisagem
Mostra coletiva | Fotografia, desenho, escultura, objeto e pintura
Artistas | Adriana Vignoli, Efe Godoy, José Bento, Matias Mesquita, Pedro Motta e Rochelle Costi.
Curadoria | Carlos Silva
Abertura | 18 de novembro de 2022
A partir das 17h
Onde | Galeria Casa
Casapark, Piso Superior, dentro da Livraria da Travessa
Visitação | até 18 de dezembro
De terça a sábado, das 14h às 22h
Domingo, das 12h às 20h
Entrada | Gratuita
Classificação Indicativa | Livre para todos os públicos
Instagram | @galeria_casa
Endereço | SGCV Lote 22, Brasília – DF
Contatos | +55 (61) 3403-5300
@casapark
Agradecimentos | Casa Albuquerque Galeria de Arte