Novo nome do indie pop nacional, Dani Bessa lança o álbum “Hiperdrama”, inspirado na ficção científica, abordando temas de amor, perda e superação pessoal
A ficção científica elabora universos paralelos e distantes, cria personagens únicos, e também serve pra falar de amor, ô se serve! Dani Bessa que o diga. Foi inspirado pela ficção científica absorvida via cinema e literatura que o jovem cantor e compositor carioca compôs seu primeiro álbum de estúdio, Hiperdrama: ouça aqui – , disponível hoje nas principais plataformas digitais.
Dani Bessa
Depois de mostrar as faixas “Quando eu Falei pra Ela”, “Quinta-Feira”, “Flutuar”, “Felícia” e “Flor de Cerejeira”, ele apresenta mais cinco canções inéditas no disco, que teve produção musical, mix e master de Leandro Bessa (AQUINO).
Inspirado em suas próprias vivências, para criar a unidade temática de “Hiperdrama”, Dani aplicou o drama, exagerado e cativante como uma obra do escritor de ficção científica Isaac Asimov – uma das referências motrizes para a construção do disco. “O nome do disco em si é uma palavra que não existe: hiperdrama não está no dicionário. Sinto que minhas intenções com esse trabalho traduzem, com muita honestidade, uma proposta nova de criação sonora. Partir da cultura sci-fi já me soa uma ousadia em si nesse sentido também”, reflete Dani.
Caminhando por músicas que evocam um amor que existiu e já não está, ou, em delírio, nunca esteve, até composições energéticas que misturam ficção científica e libertação pessoal e emocional, “Hiperdrama” mescla elementos que despontam do atual indie pop brasileiro, referências oitentistas – como synth, beats suaves e riffs eletrizantes -, com a literatura sci-fi e o cotidiano de um eu-lírico amorosamente desiludido, tudo isso numa proposta intencionalmente dramática.
As influências de Dani passeiam pelos contemporâneos Tim Bernardes, Mac DeMarco, Los Hermanos e Terno Rei, incorporando ainda uma sonoridade sonhadora ao enredo de “Hiperdrama”. Criativo, sincero e dançante, porque estamos além do drama, afinal de contas.
“Componho quando estou na fossa, mas depois passo a elaborar essas ideias a partir de um conceito mais desenvolvido, pensado e arranjado. Seguindo este processo cheguei à ideia de ‘hiperdrama’, o que resultou num disco que traz muito dessa ideia de narrativa”, comenta o compositor. Na capa do disco, feita no Teatro Odylo Costa Filho da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde Dani é doutorando em Química, ele também dialoga com essa ideia do “drama” que o álbum convoca.
“Sou eu assistindo meu próprio espetáculo, mas sem muita firula. Estou de terno, mas também estou de bermuda. A música é algo muito importante para mim, mas não quero fazer dela algo engessado”, completa Dani. “Nela eu me permito experimentar, criar minha própria ficção-científica, então junto com minha equipe de arte busquei brincar com esses aspectos todos ao mesmo tempo”, revela o artista, que teve Marina Pellegrini na direção de arte e João Soto, da banda AQUINO, que fez a capa e o projeto gráfico do disco, além de ser assistente de direção de arte. As fotos são de Mateus Augusto Rubim e o styling é de Letícia Portela.
“Hiperdrama” é o sucessor do EP Despedidas (2022) e vem na sequência do compilado de singles que Dani Bessa começou a lançar em 2020, já trabalhando com reflexões acerca do dia-a-dia e do amor como temática.
Destaque para “Flor de Cerejeira”, último single do disco a ser apresentado por Dani Bessa e que ganhou vida própria e considerável na internet: já são 75 mil streams no Spotify e 14 mil views no Youtube até aqui, um alcance especial para um artista digital que cuida de sua própria comunicação. “Eu fiquei muito feliz em como a galera abraçou o clipe, que a estética que pensamos foi bem recebida. Por causa de ‘Flor de Cerejeira’ muita gente nova chegou até mim, sou muito grato a todo movimento que ele segue gerando neste meu começo de carreira”, celebra o cantor.