Concebida pelo diretor teatral Marco dos Anjos, Da Janela conta uma história de amizade entre três crianças, em um jogo cênico no qual recursos assistivos fazem parte da dramaturgia, criando uma experiência artística inclusiva e sensível. Malu, Nina e Cadu se conhecem pelas janelas de suas casas. Aos poucos, começam a se comunicar à distância. A conexão entre eles se aprofunda à medida em que, intuitivamente, aprendem a lidar com as diferenças.
Da Janela
Com patrocínio da BB Seguros, Da Janela cumpre curta temporada no Teatro do CCBB Brasília de 5 a 13 de julho, com sessões aos sábados, às 11h e às 16h, domingos, às 11h. O espetáculo fará, ainda, uma sessão especial de férias na sexta-feira (11/7), às 16h. De classificação livre para todos os públicos e duração de 50 minutos, os ingressos estarão à venda pelo site https://ccbb.com.br/brasilia/ a partir de 25 de junho.
A construção da peça – na sala de ensaios – colocou a acessibilidade dentro de todas as etapas da criação com a participação de consultores de inclusão e pessoas com deficiência. De forma que teatralizasse recursos de acessibilidade na comunicação, transpondo barreiras linguísticas e tornando a encenação inclusiva a crianças com deficiência. Com isso, a inclusão aparece de forma orgânica, resultando em um espetáculo que pode ser acompanhado por crianças e adultos com ou sem deficiência visual ou auditiva.
De sua janela, Malu, interpretada pela atriz Elizândra Souza, através de um binóculo observa e narra o que acontece na vizinhança e, desta forma, descreve, com suas próprias palavras, o que se passa em cena, auxiliando na compreensão de quem não vê. Enquanto a personagem Nina, vivida pela atriz surda Mariana Siciliano, ensina a Cadu (Alain Catein) como é possível se comunicar sem usar as palavras.
Já Thamires Ferreira, atriz e intérprete de Libras, se junta à cena no papel de síndica da vizinhança. Ela comenta, em Libras, o que se passa no palco para a plateia, que é convidada a se autodescrever e a dizer, em Libras, a frase: “Você quer ser meu amigo?”. A produção conta ainda com fones abafadores, para pessoas com sensibilidade auditiva, e monitores especializados, além da acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida e em cadeira de rodas.
“Para a BB Seguros, apoiar um projeto como Da Janela é uma forma de reafirmar nosso compromisso com uma cultura mais inclusiva e acessível desde a base. O espetáculo propõe uma experiência sensível em que a acessibilidade não é apenas um recurso adicional, mas parte essencial da linguagem artística. É inspirador ver como a montagem incorpora a diversidade de forma criativa e integrada, promovendo encontros genuínos”, destaca Luciana Garrone, Gerente de Marketing Institucional e Mercadológico da Brasilseg, uma empresa BB Seguros.
Todo o processo de criação do projeto foi motivado pelo desejo do encenador Marco dos Anjos de pesquisar a inclusão de pessoas com deficiência em um espetáculo. Ao passo que os recursos de acessibilidade estão cada vez mais presentes nas apresentações teatrais, Marco os via como algo à parte, sem uma integração com o que estava sendo apresentado. Logo ele se desafiou a criar um espetáculo em que esses recursos estivessem também teatralizados.
Para isso, contou com a consultoria de Vanessa Bruna, da Incluir pela Arte, e Christofer Allex, consultor de Libras, que estiveram em ensaios e foram decisivos para a formatação final da dramaturgia e da direção. E o elenco do espetáculo inclui profissionais com deficiência, como o caso da atriz surda Mariana Siciliano.
“Eu quis experimentar os recursos de acessibilidade desde o primeiro ensaio. O desafio era estar organicamente na dramaturgia. Ser acessível sem recursos extras e de forma divertida”, resume o diretor, Marco dos Anjos, que coleciona mais de 50 prêmios com a companhia Trupe do Experimento, da qual é diretor artístico há 18 anos e assinou nove espetáculos neste período.
Ficha técnica:
Idealização, direção artística e dramaturgia: Marco dos Anjos | Direção de produção: Bárbara Galvão e Felipe Valle | Assistente de direção: Rohan Baruck | Elenco: Elizândra Souza, Mariana Siciliano e Alain Catein | Comunicação em Libras: Thamires Ferreira | Coordenação artística: Felipe Valle | Coordenação de produção: Bárbara Galvão, Carolina Bellardi e Fernanda Pascoal (Pagu Produções Culturais) | Produtora assistente: Natália Dias | Trilha sonora e direção musical: Ananda K | Direção de movimento e preparação corporal: Ricardo Gadelha | Cenografia: Cachalote Mattos | Figurinos: Teresa Abreu | Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni | Adereços: Leandro Fazolla | Visagismo: Leo Thurler | Consultoria em acessibilidade: Vanessa Bruna | Consultoria em Libras: Christofer Allex | Modelista: Francisca Sabóia | Aderecista de figurinos: Nayara Pereira | Cenotécnico: Marco Antonio Rodrigues | Identidade visual e design Gráfico: Fabrício Sacramento | Programação visual e gestão de mídias sociais: Daniel Barboza | Assessoria de imprensa: Rodrigo Machado (Território Comunicação) | Fotografia: Annelize Tozetto, Daniel Barboza e Renato Mangolin | Registro e edição de vídeos: Flash Filmes | Produção local: Villa-Lobos Produções | Gestão de projeto e prestação de contas: Felipe Valle e Mariana Sobreira (Fomenta Soluções Culturais) | Supervisão de projetos incentivados: Juliana Trimer | Analista de projetos incentivados: Thiago Monte | Assistente de gestão: Bayron Alencar | Contabilidade: Máximos Contabilidade | Correalização: Fomenta Soluções Culturais | Coordenação de Projeto: Trupe Produções Artísticas | Realização: Trupe do Experimento.
Acessibilidade CCBB
A ação “Vem pro CCBB” conta com uma van que leva o público, gratuitamente, para o CCBB Brasília. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes.
A van fica estacionada próxima ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito, mediante retirada de ingresso, no site, na bilheteria do CCBB ou ainda pelo QR Code da van. Lembrando que o ingresso garante o lugar na van, que está sujeita à lotação, mas a ausência de ingresso não impede sua utilização. Uma pesquisa de satisfação do usuário pode ser respondida pelo QR Code que consta do vídeo de divulgação exibido no interior do veículo.
Horários da van:
Biblioteca Nacional – CCBB: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h
CCBB – Biblioteca Nacional: 13h, 15h, 17h, 19h e 21h
O CCBB Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB Brasília) foi inaugurado em 12 de outubro de 2000. Sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.
Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, dispõe de amplos espaços de convivência, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.
Além disso, oferece o Programa Educativo CCBB Brasília, projeto contínuo de arte-educação, que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz, acolhendo o público espontâneo e, especialmente, estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, por meio de visitas mediadas agendadas.
Em 2022, o CCBB Brasília se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, cuja renovação anual ratifica o compromisso da instituição com a gestão ambiental e a sustentabilidade.
Serviço:
Da Janela (https://www.youtube.com/watch?v=fFNNlRyivBI)
Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul
Temporada: de 5 a 13 de julho de 2025
Dias e horários: sexta, às 16h, sábado, às 11h e às 16h, e domingo, às 11h
Acessibilidade: todas as sessões com Libras, narração poética e monitoria
Ingresso: R$ 30 (inteira), e R$ 15 (meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard), à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília, a partir das 12h de 25 de junho. A liberação dos ingressos ocorrerá toda sexta feira da semana anterior
Capacidade do teatro: 327 lugares (sendo sete espaços para cadeirantes e três assentos para pessoas obesas
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
CCBB Brasília: aberto de terça a domingo, das 9h às 21h