O livro “Contato-Improvisação no Brasil: trajetórias, diálogos e práticas” é resultado de uma pesquisa extensiva realizada ao longo de uma década, em que foram entrevistados(as) quinze artistas-educadores(as) que inicialmente disseminaram a dança Contato-Improvisação no Brasil, desde meados dos anos 1980.

As memórias, ações, projetos e pontos de vista sobre esta prática de dança se entrelaçam com as investigações do autor-entrevistador-contateiro Diego Pizarro, de forma rizomática, isto é, dando vazão às conexões pelos fluxos das conversas, danças e reflexões realizadas. Este é um livro fundamental para quem se interessa por dança e seus movimentos históricos, conceituais e experimentais. As quinze entrevistas presentes na obra, junto da introdução do autor, possibilitam um quadro amplo e aprofundado sobre tema inédito à memória da dança experimental e somática no Brasil.

Diego Pizarro é artista da dança e do teatro, Doutor em Artes Cênicas (UFBA, 2020) com tese premiada, e docente do curso de Licenciatura em Dança do Instituto Federal de Brasília (IFB) desde 2010, onde coordena o Coletivo de Estudos em Dança, Somática e Improvisação (CEDA-SI). É professor certificado em Body-Mind Centeringˢᵐ e outros meios somáticos. Ensina e pesquisa principalmente Somática, Danças Contemporâneas, Ecoperformance e Anatomia Corporalizada.

O projeto de publicação do livro é patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal – o FAC – e visa estimular a PESQUISA, a INVESTIGAÇÃO, a ELABORAÇÃO e a PUBLICAÇÃO, por meio de uma tiragem de mil exemplares que mostram a importância da disseminação da dança Contato-Improvisação no Brasil.

Contato-Improvisação

A dança Contato-Improvisação (CI) foi desenvolvida a partir das ideias do norte americano Steve Paxton. Ele foi ginasta antes de se tornar dançarino, além de ter praticado yoga, meditação e artes marciais como Aikido e Tai Chi Chuan. Paxton desenvolveu ideias que foram colocadas em prática durante experimentações com grupos de profissionais do movimento e de jovens dançarinos e estudantes universitários dos Estados Unidos no início da década de 1970.

A prática do CI desenvolveu-se com raízes no encontro de várias disciplinas, artes marciais, lutas, ginástica e danças, despertando interesse pelo campo de formação da Educação Somática. Por figurar como parte do movimento de dança pós-moderna, não foi surpresa o convite à interdisciplinaridade, considerando que esse movimento de dança tornou-se terreno fértil para os hibridismos desconcertantes característicos de nossa contemporaneidade. A experiência em Contato-Improvisação é um convite para que as pessoas interajam em diversos níveis físico-emocionais. Ela coloca à prova a habilidade das pessoas de se conectarem ao momento presente.

A prática da dança Contato-Improvisação tem se desenvolvido notavelmente no país nos últimos trinta anos, fato este que pode ser observado no âmbito do Instituto Federal de Brasília, em que a componente curricular Contato-Improvisação é parte integrante do currículo obrigatório do Curso de Licenciatura em Dança. Possivelmente, o primeiro e único curso superior do Brasil a possuí-lo em seu currículo base. Outras instituições englobam o CI dentro das disciplinas voltadas para a Improvisação em geral.

Traçar trajetórias do desenvolvimento da Dança Contato-Improvisação no Brasil é realização necessária não somente no sentido da própria produção de conhecimento específico, mas também no sentido de registrar fatos, pessoas, desenvolvimentos de metodologias de ensino de CI e demais experiências que se entrecruzem nas diversas trajetórias que se delineiam na memória dos contatistas brasileiros.

A realização da pesquisa e publicação desta obra de referência no Distrito Federal é mais uma ação afirmativa no desenvolvimento histórico do Contato-Improvisação na região. Foi aqui onde uma variedade de ações tomou forma nas ações de pioneiros na prática e disseminação dessa forma de dança, como Isabel Tica Lemos, Giovane Aguiar, Elizabeth Maia, Camillo Vacalebre, Diogo de Carvalho e Daniela Braga, por exemplo. O Distrito Federal é berço da disseminação do Contato-Improvisação no Brasil.

Assim, este projeto de pesquisa e publicação tem o potencial de contribuir para esse pioneirismo dos artistas do DF, reiterando a cultura inovadora da dança candanga e afirmando-a como parte importante da história da dança no Brasil. Além disso, o projeto consolida a atuação do proponente como pesquisador em dança no DF em profunda interação com a pesquisa prática e teórica.

O lançamento do livro será realizado na área externa do VELVET Pub, que fica na 102 Norte. O acesso ao evento é gratuito e os exemplares impressos do livro serão vendidos a R$30,00.

FICHA TÉCNICA

Argumento, pesquisa, autoria e coordenação editorial: Diego Pizarro
Produção de projeto: Gisele Tressi
Assistente de pesquisa: Thaís Cordeiro
Assessoria de imprensa: Josuel Junior
Desenhos e ilustrações: Thomaz Simões
Transcrição de áudio: Thaís Cordeiro, Neilton Sérgio e Victória Ponte Oliveira
Revisão de língua portuguesa e preparação de textos: Simone Moura de Freitas Miranda
Capa, projeto gráfico e diagramação: Ricardo Augusto Mendes dos Santos
Edição e preparação de imagens: Tom Lima
Intérprete de Libras: Lucas Joab Mariano Cardoso de Souza
Este projeto foi realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF)

SERVIÇO

Lançamento do livro “Contato-Improvisação no Brasil: trajetórias, diálogos e práticas”
Data: Sábado, dia 07 de maio de 2022
Horário: das 20h às 23h
Local: VELVET Pub – área externa
CLN 102 Bloco B lojas 28/32 – Asa Norte

O acesso ao evento é gratuito e os exemplares impressos do livro serão vendidos a R$30,00. Formas de pagamento: PIX e Cartões (débito e crédito).