Cabíria Festival apresenta longas sobre temas relacionados ao feminino e à diversidade

Cabíria Festival Audiovisual, que este ano se configura em formato híbrido, selecionou seis longas-metragens para compor sua programação desta quarta edição, formada por 23 obras entre curtas, longas e microfilmes. Eles serão exibidos Centro Cultural São Paulo (CCSP), entre 27 e 30 de julho, com entrada gratuita e retirada de senhas uma hora antes na bilheteria.

Com exceção de “Pequena Mamãe” e “Faya Dayi”, os filmes também serão disponibilizados online na Mostra Cabíria, que vai ao ar na plataforma de streaming Cardume até 3 de agosto, também com gratuidade. Confira a programação em https://www.cabiria.com.br/

A sessão de abertura, no CCSP, apresenta o filme homenageado do ano: “Feminino Plural”, de Vera de Figueiredo, exibido às 20h30 do dia 27. Um filme de vanguarda, de 1976, conta a história de sete mulheres motoqueiras, amazonas modernas, que conduz, numa sequência de eventos vividos por elas e suas contradições, uma busca por um caminho revolucionário e libertário na vida em geral e no cinema em específico.

No dia 28, às 19h, o festival em parceria com a MUBI promove pré-estreia nacional em sessão única do longa-metragem “Faya Dayi”, da diretora mexicana-etíope Jessica Beshir. O filme foi aclamado em sua première mundial, em Sundance de 2021, e desde então passou por outros 25 festivais até chegar ao Brasil. Minutos antes, o público assiste a uma entrevista exclusiva com a diretora. A obra estreia em 10 de agosto na MUBI, distribuidora global e serviço de streaming com curadoria.

Outros três longas-metragens farão parte das sessões Curta+Longa, promovidas a cada dia de evento presencial. Ainda no dia 28, às 16h, o longa documental “Indianara”, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa – precedido pelo curta “Uma Paciência Selvagem Me Trouxe Até Aqui”, de Èrica Sarmet – sobre a luta da ativista que dá nome ao filme pela sobrevivência das pessoas transgêneras no Brasil. Já no dia 29, às 19h, após o curta “Per Capita”, é a vez do longa “A Felicidade das Coisas”, de Thais Fujinaga, que estará presente para um bate-papo após a sessão. O filme, cujo roteiro foi vencedor do Prêmio Cabíria, conta a história de Paula, que sonha em construir uma piscina para os filhos na sua modesta casa de praia.

No dia 30, às 16h, após o curta “Curupira e a Máquina do Destino”, o filme “Pequena Mamãe” é exibido. Trabalho mais recente da cineasta Céline Sciamma, esteve no 71º Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2021, e foi premiado no British Independent Film Award (Melhor Filme) e no BAFTA (Melhor Filme Estrangeiro). Nelly (Joséphine Sanz), de 8 anos, acaba de perder sua amada avó e está ajudando seus pais a limpar a casa de infância de sua mãe, Marion. Um dia, Marion some de repente e, caminhando pelo bosque, Nelly conhece uma garota de sua idade construindo uma cabana. Surpreendentemente, o nome da criança é Marion. Após a sessão, será exibida uma entrevista com a diretora.

Encerrando a edição presencial, ainda no dia 30, às 20h, o festival exibe o longa “Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: A Terra é Nossa”, de Isael e Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero, precedido do curta “Quando a Noite Chegar, Pise Devagar”, de Gabriela Alcântara. Trata-se de um documentário que expõe as formas de genocídio contra os povos indígenas e a destruição massiva das florestas.

SINOPSES:

Feminino Plural (Brasil – RJ, 1976, 80’, ficção/drama)

Sinopse: Sete mulheres em motocicletas, pela Via Dutra, dirigem-se à Baixada Fluminense, microcosmo do Brasil. Mergulhando na memória e questionando o comportamento imposto às mulheres, elas procuram resgatar a força do feminino. A nova mulher, nascida na terra brasileira, incorpora as amazonas e a Santa Guerreira. A seu lado, o novo homem, mais solto e criativo. Fechando o ciclo, a estrada inicial é retomada.

Classificação indicativa: 14 anos

Faya Dayi (Ethiopia/United States/Qatar, 2021, 120’, documentário)

Sinopse: Criado e filmado pela escritora, diretora, produtora e fotógrafa mexicana-etíope Jessica Beshir, “Faya Dayi” tece um tapete de lembranças e histórias assombrosas, que criam uma imagem vívida da paisagem sociopolítica da Etiópia.

Classificação indicativa: Livre

Indianara (Brasil – RJ, 2019, 84’, documentário)

Sinopse: A revolucionária Indianara luta com seu bando pela sobrevivência das pessoas transgêneras no Brasil. Frente aos ataques do seu próprio partido político e ao avanço totalitário no país, ela junta suas forças e parte para um último ato de resistência.

Classificação indicativa: 10 anos

A Felicidade das Coisas (Brasil – SP, 2021, 87’, ficção) escrito e dirigido por Thais Fujinaga

Sinopse: Paula sonha em construir uma piscina para os filhos na sua modesta casa de praia. Quando os planos se desfazem por conta de problemas financeiros, ela se vê cada vez mais sufocada pelo peso das responsabilidades. Classificação indicativa: 12 anos

Pequena Mamãe (França, 2021, 72’, drama/fantasia)

Sinopse: Em PEQUENA MAMÃE, Nelly (Joséphine Sanz), de 8 anos, acaba de perder sua amada avó e está ajudando seus pais a limpar a casa de infância de sua mãe. Ela explora o local e o bosque onde sua mãe, Marion, costumava brincar e construiu uma casa na árvore sobre a qual ela ouviu muitas histórias. Um dia, Marion some de repente e, caminhando pelo bosque, Nelly conhece uma garota de sua idade construindo uma cabana. Surpreendentemente, o nome da criança é Marion.

Classificação indicativa: 10 anos

Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa!

(Brasil – MG/BA, 2020, 70’, documentário/cinema indígena)

Sinopse: Antigamente, os brancos não existiam e nós vivíamos caçando com os nossos espíritos yãmĩyxop. Mas os brancos vieram, derrubaram as matas, secaram os rios e espantaram os bichos para longe. Mas os nossos yãmĩyxop são muito fortes.

Classificação indicativa: Livre

Serviço:

Centro Cultural São Paulo – Circuito Spcine – CCSP (Sala Lima Barreto)
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo/SP
Retirada de senha 1h antes de cada atividade
Confira a programação em https://www.cabiria.com.br/
Cardume – Mostra Cabíria, https://cardume.tv.br/ , conteúdo gratuito com acesso mediante cadastro simples na plataforma

O FESTIVAL

O Cabíria Festival Audiovisual é uma expansão do Cabíria Prêmio de Roteiro, que desde 2015 premia roteiros escritos e protagonizados por autoras autoidentificadas mulheres, visando contribuir para sua maior representatividade nas telas e atrás das câmeras. Em seis edições (2016-2021), o prêmio recebeu inscrições de cerca de mil roteiros e premiou 68.

O festival impulsiona conteúdos realizados por mulheres e busca agregar expressões, identidades de gênero diversas e comunidades LGBTQIAPN+. Desde 2019, mobiliza uma rede de cineastas, storytellers e produtores de conteúdos promovendo um grande encontro entre público, cadeia produtiva e realizadores para a maior representatividade e diversidade no audiovisual. Em sua 4ª edição, entre 27 de julho a 03 de agosto, articula uma programação composta de Mostra de Filmes, encontros profissionais e de formação, premiação e laboratório de roteiros.

O festival conta com o patrocínio da Spcine, parceria da Embaixada da França, Goethe Institut Rio de Janeiro, Projeto Paradiso, Telecine, MUBI, e apoio do Cardume Curtas, Hysteria, Parafernalha, Webedia, Globo, Selo Elas, Elo Company, ABRA, Final Draft, Instituto Dona de Si, Serie Lab, FRAPA, Rota Festival, Embaúba Filmes, Canal Curta, Imprensa Mahon e Revista Piauí.

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LARANJEIRAS FILMES

Foco na produção criativa de conteúdos e projetos audiovisuais que conciliem excelência estética, impacto social e potencial de comunicação. Sob as perspectivas de renovação de processos produtivos e impulsionamento de novas vozes, está vocacionada em dois núcleos: a Laranjeiras Filmes atende demandas de perfil executivo e o selo Fruto Conteúdo o desenvolvimento de conteúdos inspiradores para todas as telas. www.laranjeirasfilmes.com