Brasília tem lugar de destaque na exposição Brasilidade Pós-Modernismo, que está no CCBB. Um bom programa para comemorar os 62 anos da capital federal

A arquitetura e os traços modernistas de Brasília tem um espaço de destaque dentro da mostra Brasilidade Pós-Modernismo, que tem curadoria de Tereza de Arruda e presta uma homenagem os cem anos da Semana de Arte Moderna de 22. A mostra, que conta com obras de 51 artistas, lança luz às conquistas que o movimento modernista trouxe para as artes plásticas brasileiras nesse período.

Organizada em seis núcleos temáticos: Liberdade; Futuro; Identidade; Natureza; Estética e Poesia, à exposição apresenta pinturas, fotografias, desenhos, esculturas, instalações e novas mídias. Brasília está presente no núcleo Futuro, representado por obras de um grupo da vanguarda modernista brasileiro que buscava o novo, o inovador, desconhecido, de ordem construtiva e não destrutiva. Um exemplo de futuro construtor, a capital concebida com uma ideia utópica e considerada um dos maiores êxitos do Modernismo do Brasil. “Sua concepção, idealização e realização são uma das provas maiores da concretização de uma ideia futurista”, comenta Tereza de Arruda.

Com foco em Brasília como exemplo de utopia futurista, este núcleo reúne gravuras e desenhos dos arquitetos Lina Bo Bardi, Lúcio Costa, obra da artista Márcia Xavier, e registros captados pelo fotógrafo Joaquim Paiva e o cineasta Jorge Bodanzky. Destaque para uma das raras pinturas feitas por Oscar Niemeyer, quando ele se encontrava no exílio. Uma tela que retrata as icônicas colunas do Palácio da Alvorada projetadas pelo arquiteto.

Vale a pena conferir a exposição que está montada em duas galerias e no pavilhão de vidro até o dia 5 de junho e que já foi vista por quase 70 mil visitantes no CCBB Rio e CCBB SP. De Brasília, a mostra segue para o CCBB BH.

Lista completa de artistas

Adriana Varejão, Alex Flemming, André Azevedo, Anna Bella Geiger, Armarinhos Teixeira, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos/Júlio Plaza, Barrão, Berna Reale, Beatriz Milhazes, Camila Soato, Caetano Dias, Cildo Meireles, Daiara Tukano, Daniel Lie, Delson Uchôa, Ernesto Neto, Emmanuel Nassar, Fábio Baroli, Farnese de Andrade, Flávio Cerqueira, Floriano Romano, Francisco de Almeida, Ge Viana, Glauco Rodrigues, Gisele Camargo, Jaider Esbell, Joaquim Paiva, Jorge Bodanzky, José De Quadros, José Rufino, Judith Lauand, Júlio Plaza, Lenora de Barros, Lina Bo Bardi, Lúcio Costa, Luiz Hermano, Luzia Simons, Márcia Xavier, Marlene Almeida, Maxwell Alexandre, Mira Schendel, Nelson Leirner, Oscar Niemeyer, Paulo Nazareth, Rejane Cantoni, Rodrigo Braga, Rosana Paulino, Rosilene Luduvico, Shirley Paes Leme e Tunga.

Sobre a curadora

Tereza de Arruda é mestre em História da Arte, formada pela Universidade Livre de Berlim. Vive desde 1989 entre São Paulo e Berlim. Em 2021 bolsista da Fundação Anna Polke em Colônia para pesquisa da obra de Sigmar Polke. Como curadora, colabora internacionalmente com diversas instituições e museus na realização de mostras coletivas ou monográficas, entre outras, em 2021, Art Sense Over Walls Away, Fundação Reinbeckhallen Berlin; Sergei Tchoban Futuristic Utopia or Reality, Kunsthalle Rostock; em 2019/2021, Chiharu Shiota linhas da vida, CCBB RJ-DF-SP; Chiharu Shiota linhas internas, Japan House; em 2018/2019, 50 anos de realismo – do fotorrealismo à realidade virtual, CCBB RJ-DF-SP; em 2018, Ilya e Emilia Kabakov Two Times, Kunsthalle Rostock; em 2017, Chiharu Shiota Under The Skin, Kunsthalle Rostock; Sigmar Polke Die Editionen, me collectors Room Berlin; Contraponto Acervo Sergio Carvalho, Museu da República DF; em 2015, InterAktion-Brasilien, Castelo Sacrow/Potsdam; Bill Viola na Bienal de Curitiba; Chiharu Shiota em busca do destino, SESC Pinheiros; em 2014, A arte que permanece, Acervo Chagas Freitas, Museu dos Correios DF-RJ; China Arte Brasil, OCA; em 2011, Sigmar Polke realismo capitalista e outras histórias ilustradas, MASP; India lado a lado, CCBB RJ-DF-SP e SESC; em 2010, Se não neste tempo, pintura contemporânea alemã 1989-2010, MASP. Desde 2016 é curadora associada da Kunsthalle Rostock. Curadora convidada e conselheira da Bienal de Havana desde 1997 e cocuradora da Bienal Internacional de Curitiba desde 2009.

Serviço:

Mostra coletiva ‘Brasilidade Pós-Modernismo’
Curadoria: Tereza de Arruda
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Período Expositivo: de 5 de abril a 5 de junho de 2022.
Horários de visitação: de terça a domingo, das 9h às 20:30h
Ingressos: agendamento através do site bb.com.br/cultura ou site Eventim
Classificação Indicativa: Livre
Entrada gratuita

Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
SCES, Trecho 2 – Brasília/DF
Tel: 61 3108 7600

Site: bb.com.br/cultura
Ingressos: eventim.com.br

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