Antonia Pethit, Alexia Twister e Athena Leto levam ao palco ALICE NO SEU PEQUENO GRANDE QUARTO DAS MARAVILHAS. Montagem com sessões gratuitas utiliza a manipulação de objetos, o teatro de sombras e a interação com a plateia para contar uma história sobre a importância do brincar

Depois de um dia tumultuado na escola, Alice tem que ficar, por ordem de sua mãe, em seu quarto pensando sobre o ocorrido. De tanto pensar, a menina de sete anos se sente entediada e decide fazer um desenho para passar o tempo. É assim, que tem início ALICE NO SEU PEQUENO GRANDE QUARTO DAS MARAVILHAS e as aventuras de Alice por um mundo desconhecido. A nova montagem infantil do Grupo Arte Simples de Teatro, com direção de Tatiana Rehder, estreia dia 15 de abril, sábado, às 16h, no Tetro Arthur Azevedo.

ALICE NO SEU PEQUENO GRANDE QUARTO DAS MARAVILHAS, que fala sobre o tempo de crescer, de transformar e de envelhecer tendo como premissa a diversidade, a aceitação, a tolerância e a importância do brincar, tem no elenco as Drag Queens Antonia Pethit, Alexia Twister e Athena Leto. As três artistas prometem trazer à cena um pouco da “arte drag” com seus exageros e muito bom humor.

Contemplada pela 15ª edição do Prêmio Zé Renato de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, a montagem, além das sessões no Teatro Arthur Azevedo (de 15 a 23 de abril, sábados e domingos, às 16h), também fará uma circulação pela capital paulista com apresentações no Teatro Paulo Eiró (13 e 14 de maio), Teatro Alfredo Mesquita (20 e 21 de maio), Teatro Cacilda Becker (3 e 4 de junho) e Teatro Zanoni Ferrite (17 e 18 de junho).

Plateia no palco

Com provocação dramatúrgica de Verônica Gentilin, da Cia. Mungunzá de Teatro, a dramaturgia foi escrita de forma colaborativa entre Verônica, a diretora Tatiana Rehder e o elenco, e parte do clássico Alice no País das Maravilhas para contar uma nova história. Em ALICE NO SEU PEQUENO GRANDE QUARTO DAS MARAVILHAS, depois de ter que ficar em seu quarto pensando na confusão que foi seu dia na escola, Alice, decide fazer um desenho para passar o tempo, mas enquanto isso, a menina tem uma grande ideia, que acaba em uma incrível aventura.

A plateia, que estará acomodada no palco, transita entre o ambiente concreto do quarto e a transformação desse quarto em floresta, rio, barco, estrada e castelo, e acompanhará de perto as aventuras da Alice. Nesse mundo diferente e desconhecido, a Lagarta mora atrás da cortina do quarto da menina, o Chapeleiro Maluco é uma grande xícara que fala e a Rainha Vermelha mora debaixo da cama da Alice e faz poções mágicas, com as “cacas” de animais encantados, para sempre ficar jovem.

Para a diretora Tatiana Rehder, o espetáculo é todo construído na ludicidade com o fio narrativo do tempo. “No palco tudo se transforma em uma grande brincadeira, já que nossa protagonista é uma criança”, explica ela. Já a dramaturga Verônica Gentilin conta que foi um grande desafio compor o texto da peça. “A linha dramatúrgica foi sendo escrita de acordo com os avanços na sala de ensaio, levando em conta a criatividade e a linguagem rápida das três artistas. Temos que lembrar que é uma Drag Queen que está fazendo a personagem, ou seja, há uma sobreposição de personas.”

A ideia de fazer um espetáculo infantil com um elenco de Drag Queens partiu de Antonia Pethit, que deu de presente o livro Alice no País das Maravilhas para a sobrinha de sete anos. “Ela não teve muito interesse então comecei a ler o livro e logo pensei em fazer uma performance contando a história. Procurei a Tatiana Rehder para me dirigir e pensamos em fazer algo virtual, pois era começo de 2021 e tínhamos a pandemia. Com o passar do tempo fomos amadurecendo a ideia até chegar no espetáculo”, lembra Pethit.

O que era para ser apenas uma performance virtual virou um espetáculo presencial e Alexia Twister e Athena Leto entram no projeto. As duas acreditam que é um desafio encenarem um espetáculo para o público infantil, mas apostam na oportunidade de mostrarem um pouco mais da “arte drag”. “A figura da Drag Queen já é um faz de conta e a peça é uma oportunidade de mostrar nosso trabalho fora das casas noturnas”, lembra Twister. Athena Leto faz coro “é uma chance das pessoas nos verem de uma outra forma e pararem de nos enxergar com medo. Afinal somos artistas.”

Sobre o Grupo Arte Simples de Teatro

Fundado em 2006, o coletivo estreia no ano seguinte o espetáculo As Histórias dos Amores Difíceis. Em 2009 leva ao palco a peça A Festa com apresentações em São Paulo e Porto (Portugal) e começa a residência Artística em Heliópolis com oficinas de teatro ministradas pelos integrantes do grupo. No mesmo ano realiza a primeira edição do Festival de Teatro Jovem de Heliópolis. Em 2011 o grupo estreia Arte Simples Conta Tchekhov e no ano seguinte viaja para Guiné Bissau na África onde apresenta os dois espetáculos do repertório. 2012 também marca a estreia de O Último Pássaro, do diretor canadense Frank Totino e os três espetáculos circulam pelo Estado de São Paulo.

Em 2014 o coletivo é selecionado pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz, com o projeto Teatro na Laje e pelo Proac Festivais com a realização da quarta edição do Festival de Teatro Jovem de Heliópolis. Dois anos depois estreia A Bola: Histórias que rolam, espetáculo vencedor do Prêmio de Melhor Autor de Texto Adaptado, no Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem/ FEMSA. Já em 2017 o grupo estreia Amores no Teatro de Contêiner Mungunzá e em 2020 apresenta a montagem virtual Amores Difíceis, pela plataforma Zoom.

Serviço:

ALICE NO SEU PEQUENO GRANDE QUARTO DAS MARAVILHAS
Com o Grupo Arte Simples de Teatro.
50 minutos | Livre | Gratuito.

Dias 15, 16, 22 e 23 de abril, sábado e domingo, às 16h.
Teatro Arthur Azevedo – Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo. Telefone – (11) 2604-5558.

Dias 13 e 14 de maio, sábado e domingo, às 16h.
Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo. Telefone – (11) 5686-8440.

Dias 20 e 21 de maio, sábado e domingo, às 16h.
Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo. Telefone – (11) 2221-3657.

Dias 3 e 4 de junho, sábado e domingo, às 16h.
Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo. Telefone – (11) 3864-4513.

Dias 17 e 18 de junho, sábado e domingo, às 16h.
Teatro Zanoni Ferrite (Centro Cultural da Vila Formosa) – Av. Renata, 163 – Vila Formosa, São Paulo. Telefone – (11) 2216-1520.

Ficha técnica:

Com as Drag Queens Antonia Pethit, Alexia Twister e Athena Leto. Direção – Tatiana Rehder. Provocação Dramatúrgica – Verônica Gentilin. Dramaturgia Colaborativa – Verônica Gentilin, Tatiana Rehder, Antonia Pethit, Alexia Twister e Athena Leto. Direção de Manipulação de Objetos e Sombra – Marcela Arce. Preparação Corporal – Gabriela González. Sonoplastia – Bruno Araujo. Desenho de Luz – Ariel Rodrigues.

Concepção de Figurino – Gustavo Zanela. Execução de Figurino – Gustavo Zanela e Clara Prates. Concepção de Cenário – Renan Ramiro. Perucaria – Josephine Le Beau. Arte Visual – Roovie Fox. Fotografia – Alex Santana. Produção – Marília Miyazawa e Grupo Arte Simples de Teatro. Produtora Executiva e Logística – Andréa Serrano. Assessoria de Imprensa e Gestão de Redes Sociais – Nossa Senhora da Pauta. Representante Jurídico – Cooperativa Paulista de Teatro.