A Solidão do Emo Preto é um documentário de Vidaincerta que aborda o racismo na cena emo, destacando histórias esquecidas e trazendo uma nova perspectiva sobre o movimento
O cantor e produtor musical Vidaincerta acaba de lançar o seu primeiro documentário: A Solidão do Emo Preto. O curta tem o objetivo de trazer para a frente da câmera uma outra realidade da cena emo, que esteve longe dos holofotes.
A Solidão do Emo Preto
A ideia do projeto surgiu após o movimento musical se tornar uma tendência nostálgica nos últimos anos. Porém, esse resgate trouxe um estilo muito específico: jovens brancos, com dinheiro para comprar roupas de marca e cabelos extremamente lisos. Uma estética na qual o cantor, que foi vocalista da banda Analisando Sara, não se vê representado e acredita que é apenas um recorte do que foi o verdadeiro movimento emo.
“No rolê de pandemia, a gente acabou fazendo parte do início do revival que tava acontecendo. As festas online, que começaram a refletir em festas presenciais. E me incomodou muito esse revival não ser a pluralidade do que a gente é de verdade no rolê que sempre foi o emo real”, diz Vidaincerta logo no início do filme.
No documentário, o músico retrata esse lado menos aclamado da cena emo. A Solidão do Emo Preto conta a história dos pessoas que foram esquecidas, vítimas do racismo no rock. Ao lado de artistas que ajudaram a construir a cena emo em Santos e região, o músico traz um novo olhar sobre as violências sofridas por quem não se encaixa nesse padrão estético que se convencionou a chamar de emo.
A Solidão do Emo Preto está disponível no YouTube e conta com uma trilha sonora exclusiva que será lançada no dia 08 de junho em todas as plataformas de áudio. O álbum homônimo marca o retorno de Vidaincerta ao rock após tantos anos experimentando novas sonoridades.
Assista ao documentário A Solidão do Emo Preto: A SOLIDÃO DO EMO PRETO – Documentário Oficial
O curta é dirigido por Vidaincerta com co-direção de Luiz Gustavo Negri, produzido pelo coletivo TristezaMOB e financiado por meio da Lei Paulo Gustavo via Secult de Santos.