Com mais de cem obras em diferentes linguagens produzidas entre 2008 e 2022, a exposição A Parte Pelo Todo tem entrada franca a partir do dia 23 de março

Entre 24 de março e 19 de agosto, a Galeria Marcantonio Vilaça do Centro Cultural TCU apresenta a mostra “A PARTE PELO TODO”, com obras do premiado artista Lucas Dupin. Com curadoria de Cinara Barbosa, a exposição é composta de treze séries de trabalhos, entre instalações, objetos, aquarelas, vídeos, fotoperformances e fotografias, produzidos entre 2008 e 2022.

A visitação é aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9 às 18h. Para escolas, a visitação é de segunda-feira a quarta-feira, mediante agendamento prévio. A entrada é gratuita e a classificação indicativa é livre para todos os públicos. O Centro Cultural TCU fica no Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 3, Brasília – DF. Telefone (61) 3316-5327.

A exposição traz um recorte recente da obra do artista multidisciplinar, que é resultado de diferentes pesquisas e linguagens. O ponto de partida é o diálogo e a produção a partir dos contextos e recursos que se materializam em direção à simplicidade dos materiais e gestos empregados. Exemplo é a instalação Jardins Suspensos, série em que fragmentos de calçadas de pedras portuguesas suspensas por fios de nylon. A mesma pedra é um elemento das fotoperformances “pedra/ouro” e “pedra/carne”, ambas da série Equivalências, que discute, por meio de pequenas trocas simbólicas, o passado impregnado neste tipo de calçamento.

Esta é a maior exposição individual já realizada por Lucas Dupin. Mas o artista avisa que “A PARTE PELO TODO” não se trata de uma retrospectiva, muito embora inclua obras criadas ao longo de sua trajetória. “Apesar das séries serem compostas por obras de diferentes períodos e linguagens, elas apontam para um modo de lidar com o que nos cerca. Cada série pode comportar diversas obras, caso da série Bitucas, composta por 50 aquarelas”, explica Dupin.

“A PARTE PELO TODO” é também o título de um livro lançado recentemente por Lucas Dupin. Essa publicação foi um dos elementos que norteou Cinara Barbosa. “A ideia foi instigar uma relação com a produção do artista enfatizando elementos que possam relacionar o trabalho como um todo”, explica. A curadoria atuou de modo a destacar essa perspectiva de como as obras apresentadas podem sugerir a complexidade do todo. “É um convite para o público entrar neste jogo que consiste em olhar para tudo e entender elementos e fragmentos nas séries e como transbordam umas nas outras nessa construção de uma pesquisa artística”, sugere a curadora.

Brasília

O artista tem uma relação bastante íntima com a cidade, onde vêm com frequência desde 2016, tecendo amizades e conhecendo a cena local. Em 2018, Dupin foi selecionado para uma residência artística organizada pela Casa de Cultura da América Latina (CAL) e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). “Pude viver em Brasília por um mês, pesquisando e produzindo novos trabalhos, mas ainda não tinha feito nenhuma exposição por aqui”, conta.

Sobre o artista

Lucas Dupin (Belo Horizonte, 1985) é Mestre e Bacharel em Artes Visuais pela UFMG. Nos últimos quinze anos, tem realizado exposições individuais e coletivas promovidas por instituições como Bienal do Mercosul, Instituto Tomie Ohtake, FUNARTE, além de já ter participado de mais de uma dezena de importantes premiações e residências artísticas no Brasil e no exterior como, por exemplo: Bolsa Pampulha, Pivô, FAAP, FUNDAJ e The Banff Centre. Ministra cursos e participa de júris de seleção de artes com frequência desde 2008, além de ser um dos curadores e coordenadores do Fórum de Fotoperformance. Publicou em 2022 seu primeiro livro monográfico reunindo uma seleção de obras e textos inéditos escritos pelos curadores Cauê Alves e Élise Girardot. Vive e trabalha em Belo Horizonte e São Paulo.

Sobre a curadora

Cinara Barbosa é professora adjunta do Departamento de Artes Visuais (VIS) da Universidade de Brasília (UnB). É curadora e pesquisadora de arte contemporânea brasileira. Idealizou e coordena o Plano das Artes, projeto voltado ao desenvolvimento e ao fortalecimento do sistema das artes, que envolve circuitos por espaços autônomos de arte do Distrito Federal, a formação de arte-educadores e a produção artística.

Foi diretora e curadora do Elefante Centro Cultural (DF). Homenageada pelo Prêmio Vera Brandt 2019, foi membro do comitê de indicação do Prêmio Pipa 2019 e 2022. Em suas pesquisas, interessa-se por produções artísticas de revisitação crítica à história da arte, poéticas arquivísticas, de coleção e de memória. Dentre suas pesquisas mais recentes, decorrentes de estudos curatoriais, está a mediação educativa em espaços expositivos associada às práticas institucionais.

Sobre o Centro Cultural TCU

As ações promovidas pelo Centro Cultural TCU oferecem a estudantes e ao grande público importantes oportunidades de acesso à história, à arte e a outras formas de manifestação cultural.

As exposições são atendidas pelo Programa Educativo do CCTCU, que promove a interação de alunos, professores e demais visitantes com o conteúdo expositivo para compartilharem suas experiências e pontos de vista. As atividades culturais do CCTCU também têm a aptidão e o propósito de explicar a importância do papel do Tribunal de Contas da União e de aproximá-lo dos cidadãos, a quem já se dedica em sua missão institucional de aperfeiçoamento da administração pública em benefício da sociedade.

Serviço:

A Parte Pelo Todo
de Lucas Dupin
Instalações, objetos, aquarelas, vídeos, fotoperformances e fotografias
Curadoria | Cinara Barbosa
Coquetel de inauguração | 23 de março, às 19h (aberta a todos os públicos)
Visitação | Até o dia 19 de agosto
Segunda a sexta, das 9h às 18h
Visitação para escolas | De segunda a quarta, mediante agendamento
Onde | Galeria Marcantonio Vilaça
Centro Cultural TCU
Endereço | Setor de Clubes Esportivos Sul Trecho 3, Brasília – DF
Telefone | (61) 3316-5327
Entrada | Gratuita
Classificação indicativa | Livre para todos os públicos