O drama “A Filha do Pescador”, que aborda diversidade, amor e aceitação, estreia nos cinemas brasileiros em 18 de julho, com cartaz e trailer já disponíveis

Exibido no 27º Tallinn Black Nights Film Festival (PÖFF), na Estônia, no ano passado, “A Filha do Pescador” chega aos cinemas brasileiros no dia 18 de julho. Drama delicado sobre a relação entre um pescador embrutecido e sua filha transexual, o filme é uma coprodução internacional que une as brasileiras Kromaki e Bubbles Project às produtoras Septima Films (Colômbia), Belle Films (Porto Rico) e Larimar Films (República Dominicana). A distribuição é da brasileira Bretz Filmes.

A Filha do Pescador

O filme marca a estreia, na direção de longas-metragens, do diretor colombiano Edgar De Luque Jácome, reconhecido com o Prêmio La Silla, da Associação Dominicana de Profissionais da Indústria do Cinema.

“Vejo ‘A Filha do Pescador’ como uma história universal sobre aqueles que têm que enfrentar seus demônios e resolver suas diferenças mais profundas num contexto simples e poderoso, como é o mar, que, com sua corrente, os leva até a margem, até uma segunda chance”, explica o diretor.

De acordo com o produtor Rodrigo Letier, da Kromaki, o filme tem colecionado boas reações desde sua estreia mundial, em Tallinn:

“É uma história muito emocionante e madura, de um jovem realizador, que dialoga com amplas plateias porque trata de algo absolutamente universal, que é a relação entre pais e filhos. Além disso, o filme é resultado de um esforço conjunto de quatro países, um exemplo da importância das linhas de coprodução internacional do Fundo Setorial, que resultou num processo muito enriquecedor de troca de experiências”, conclui.

Com uma equipe contemplando profissionais de diferentes nacionalidades, “A Filha do Pescador” traz alguns nomes brasileiros em departamentos técnicos. A multipremiada Karen Akerman (“O Lobo Atrás da Porta”) e Ricardo Pretti (que também foi diretor de filmes como “Estrada para Ythaca”) dividem com o colombiano Nicolás Herran as responsabilidades de montagem. O departamento de som ficou a cargo de Ricardo Cutz (“Bacurau”), e a trilha sonora é um trabalho conjunto da dupla Pedro Sodré e Rudah Guedes (do seriado infantojuvenil “O Dia em Que a Minha Vida Mudou”).

Além do lançamento comercial no dia 18 de julho, “A Filha do Pescador” também receberá projeção especial na segunda edição do Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-americano de Bonito. O evento sul-mato-grossense o exibe no dia 26 de julho, sexta-feira, às 20h45, no CMU – Centro de Múltiplo Uso (Avenida Paulo VI, n.º 50).

SINOPSE

Samuel mora sozinho numa ilha isolada em algum lugar do Caribe colombiano. Exímio mergulhador, ele vive da quase extinta prática da pesca submarina em mergulho livre. Um dia, o filho Samuelito, que ele não via há 15 anos, bate à sua porta. Agora uma mulher trans, conhecida como Priscila e em fuga, ela é forçada a voltar ao lar para se esconder.

Seus mundos não poderiam ser mais distantes. Samuel não consegue aceitar Priscila, e ela não consegue perdoá-lo por eventos do passado. Mas acontecimentos dramáticos acabam obrigando os dois a se reaproximarem. Com eles, mergulhamos nas águas cristalinas do Mar do Caribe, mas também em uma bela história de relações familiares, diversidade, aceitação e amor.

KROMAKI | Produtora

A Kromaki é uma produtora carioca movida pela paixão de contar histórias nas telas. Do humor ao drama, do esporte à política, nos pautamos por múltiplos temas, formatos, tons e visões. Porque acreditamos que séries e filmes devem emocionar e surpreender, entreter e fazer pensar. De preferência, tudo junto.

No mercado desde 2018, a Kromaki foi criada por Rodrigo Letier após quase 20 anos de experiência no setor. Mesmo ainda jovem, a produtora já lançou projetos de vários formatos e gêneros, em diferentes mídias e plataformas. Entre eles estão a série documental “Romário – O Cara”, de Bruno Maia (Max), e os documentários “Isabella: O Caso Nardoni”, dirigido por Cláudio Manoel e Micael Langer (Netflix), “O Outro Mundo de Sofia”, de Raphael Erichsen (GNT), e “O Mês Que Não Terminou” (Canal Curta!), dirigido por Francisco Bosco e Raul Mourão e narrado por Fernanda Torres.

A Kromaki também produziu as séries “Meu Amigo Bussunda” (Globoplay), de Cláudio Manoel, Micael Langer e Júlia Besserman, e “Lei da Selva: A História do Jogo do Bicho”, de Pedro Asbeg, com narração de Marcelo Adnet (Canal Brasil). E, ainda, a comédia “Juntos e Enrolados”, dirigida por Rodrigo Van Der Put e Eduardo Vaisman e estrelada por Rafael Portugal e Cacau Protásio, que estreou nos cinemas em 2022, além do curta “Food, Funk & Favela”, de Cacau Rhoden (WaterBear).

Já estão a caminho produções como a série de ficção “Os Quatro da Candelária” (Netflix), a série documental “Nelson Vezes Quatro” (Canal Brasil), o programa “Xodó de Cozinha” (TV Brasil) e os longas “Herança”, em coprodução com a Bubbles Project, e “A Procura de Martina”, estrelado por Mercedes Morán, em coprodução com a Ipanema Filmes.

BUBBLES PROJECT | Produtora

Bubbles Project é uma produtora de cinema independente sediada no Rio de Janeiro, criada em 2012 por Tatiana Leite, dedicada ao cinema autoral e especializada no mercado de coprodução nacional e internacional.

Entre suas produções estão “Aspirantes” (2014), de Ives Rosenfeld, vencedor da Carte Blanche no Festival de Locarno 2014; “Pendular” (2016), de Julia Murat, Prêmio Fipresci da mostra Panorama no Festival de Berlim 2017; “Benzinho” (2018), de Gustavo Pizzi, filme de abertura da mostra competitiva no Festival de Sundance 2018; “Família Submersa” (2019), de Maria Alché, melhor Filme na mostra Horizontes Latinos do Festival de San Sebastian; “Nona – se me molham, eu os queimo”, de Camila José Donoso, Tiger Competition do Festival Internacional de Cinema de Rotterdam 2019; e “Regra 34” (2022), de Julia Murat, vencedor do Pardo D’Oro do Festival de Locarno 2022.

A Bubbles acaba de lançar “Puan”, de Maria Alché e Benjamin Naishtat, no Festival Internacional de San Sebastian, onde recebeu prêmio de melhor roteiro e melhor ator principal, e “Malu”, de Pedro Freire, que teve sua estreia mundial na World Cinema Dramatic Competition do Festival de Sundance 2024. Atualmente está em pós-produção dos filmes “A Herança”, de João Cândido Zacharias, e “Amanhã Será Outro Dia”, de Pedro Pinho. Também está desenvolvendo outros diversos projetos, dentre eles o longa de estreia do venezuelano Michael Labarca, “Muchachos Bañándose en el Lago” e “Princesa”, longa de estreia de Karine Teles.

BRETZ FILMES | Distribuidora

Com mais de 30 anos de presença no mercado cinematográfico, a Bretz Filmes vem atuando como distribuidora e produtora, tendo distribuído filmes de renomados diretores como Walter Salles, Karim Aïnouz, Eduardo Coutinho, Helena Solberg, Sandra Kogut, Sérgio Machado, Flávia Castro, Izabel Jaguaribe, Marina Person, Nelson Pereira dos Santos, Ricardo Calil, Renato Terra e Heitor Dhalia.

Seu diretor, Luiz Bretz, também dirigiu por 10 anos a área de distribuição da VideoFilmes. Atualmente a Bretz Filmes é uma das principais distribuidoras de documentários e filmes de autor nos cinemas do Brasil. Nos últimos anos, distribuiu longas como os indicados ao Oscar “Honeyland” e “For Sama”, além de “Gabriel e a Montanha”, “Sinfonia de um Homem Comum”, “Nostalgia da Luz” e “O Cavalo de Turim”.