Centro Cultural Banco do Brasil BrasĂ­lia realiza debates sobre os cem anos da Semana de Arte Moderna de 1922

Projeto ContingĂȘncias AntropofĂĄgicas / 100 anos depois de 22, serĂĄ realizado entre os dias 5 e 7 de maio, com entrada gratuita e certificado digital para quem participar. Ação possui curadoria de Katia Canton, que tambĂ©m serĂĄ a mediadora dos debates.

Para celebrar o centenĂĄrio da Semana de Arte Moderna de 1922, o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta o projeto ContingĂȘncias AntropofĂĄgicas / 100 anos depois de 22 que acontece no CCBB BrasĂ­lia nos dias 5, 6 e 7 de maio, Ă s 19h30. Presencial e com entrada gratuita, o seminĂĄrio tem o patrocĂ­nio do Banco do Brasil, e chega em BrasĂ­lia depois de passar por SĂŁo Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Durante todos os debates haverĂĄ tradução simultĂąnea em libras, e apĂłs o evento os participantes que estiveram presentes em pelo menos duas palestras, vĂŁo receber um certificado digital das atividades.

Com idealização do escritor e Mestre em Artes Visuais Valdo Resende, curadoria e mediação da jornalista Katia Canton e produção da Kavantan & Associados, de Sonia Kavantan, o debate propĂ”e reflexĂ”es sobre os contextos sĂłcio-histĂłricos que deflagraram a concretização do movimento ocorrido entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de SĂŁo Paulo. O seminĂĄrio aborda, ainda, as influĂȘncias da primeira etapa do modernismo na arte desenvolvida hoje em dia, alĂ©m de investigar a busca por uma identidade brasileira por meio da arte. EstarĂŁo no foco da discussĂŁo as contingĂȘncias em trĂȘs aspectos – HistĂłrico, EstĂ©tico e Humano.

Programação CCBB Brasília

5 de maio, quinta-feira, 19h30 – ContingĂȘncias sĂłcio-histĂłricas: O significado da semana
Palestrantes
Maria Eugenia Boaventura – O Salão e a Selva.
Regina Teixeira de Barros – Mulheres modernistas.

Esse primeiro encontro discute o significado da Semana de 22 na cidade de São Paulo. Ele investiga como era a Paulicéia até a explosão do modernismo, quem eram os artistas e como eles se organizaram em torno do movimento.

Também apresenta o papel singular de Mårio de Andrade, na pesquisa de nossas raízes e vocaçÔes identitårias. A discussão abrange também como foi a participação das artistas mulheres nesse processo e como essa participação ecoou ao longo do tempo.

6 de maio, sexta-feira, 19h30 – ContingĂȘncias estĂ©ticas: A composição da sinfonia modernista de 22
Palestrantes
Guilherme Wisnik – SĂł me interessa o que nĂŁo Ă© meu.
Agnaldo Farias – O lastro modernista nas artes hoje.

Essa contingĂȘncia se liga ao atravessamento do tempo/espaço e do alargamento do conceito modernista atĂ© os dias de hoje. Ao final, podemos ponderar: quais sĂŁo as principais influĂȘncias que aquele momento nos deixou como herança?

7 de maio, sĂĄbado, 19h30 – ContingĂȘncias humanas. O significado de ser moderno hoje
Palestrantes
Fred Coelho: InvençÔes e ReinvençÔes do Modernismo.
Luisa Duarte: Adriana VarejĂŁo – SĂł me interessa o que nĂŁo Ă© meu, uma atualização crĂ­tica.

A contingĂȘncia articula as especificidades dos projetos criados pelos principais artistas que formaram a primeira fase do modernismo brasileiro. Nas artes visuais, na literatura e na mĂșsica, como se caracterizou essa produção? Em seguida falaremos da influĂȘncia modernista e antropofĂĄgica sobre uma das grandes expoentes da arte contemporĂąnea brasileira: Adriana VarejĂŁo.

DinĂąmica

Nos trĂȘs dias de evento (mesma quantidade de dias da Semana de 1922) haverĂĄ dois palestrantes e uma mediadora, com espaço de tempo para perguntas da plateia. O seminĂĄrio serĂĄ presencial e terĂĄ duas horas de duração. Cada encontro serĂĄ aberto pela mediadora que apresentarĂĄ colocaçÔes sobre o tema proposto e passa a palavra para os palestrantes debaterem e explicarem. ApĂłs a apresentação, o mediador retorna para iniciar os questionamentos e abrir espaço para o pĂșblico fazer perguntas. Ao final, apĂłs as consideraçÔes finais dos palestrantes, o mediador farĂĄ o fechamento.

Sobre a curadora

Katia Canton Ă© artista visual, escritora, jornalista, professora e curadora. Estudou arquitetura, dança e formou-se em jornalismo pela ECA USP, em SĂŁo Paulo. TambĂ©m estudou literatura e civilização francesa no curso de estudos superiores dado pela Aliança Francesa juntamente com a Universidade de Nancy II. Em 1984 transferiu-se para Paris, com uma bolsa de estudos de dança moderna no estĂșdio Peter Goss. Viveu em Nova York por oito anos, onde trabalhou como repĂłrter para vĂĄrios jornais e revistas, na cidade tambĂ©m fez seu mestrado e doutorado pela New York University. Sua pesquisa acadĂȘmica Ă© interdisciplinar e relaciona as artes e os contos de fadas, de vĂĄrias Ă©pocas e culturas do mundo.

Trabalhou um ano e meio como bolsista no MoMA, de Nova York, criando projetos de arte e narrativa no departamento de educação. De volta ao Brasil, ingressou como docente na Universidade de SĂŁo Paulo, sendo professora associada do Museu de Arte ContemporĂąnea (onde foi vice-diretora) e do programa de pĂłs-graduação Interunidades em EstĂ©tica e HistĂłria da Arte. Seu trabalho artĂ­stico Ă© multimĂ­dia, incluindo desenho, pintura, fotografia e objetos, e conceitualmente se liga a questĂ”es sobre sonho, desejos e narrativas. Desde 2008, tem realizado exposiçÔes em museus, galerias e instituiçÔes culturais no Brasil e no exterior. Como autora, alĂ©m de escrever livros sobre arte, criou mais de 50 livros ilustrados para o pĂșblico infantil e juvenil, tendo recebido vĂĄrios prĂȘmios nacionais e internacionais, entre eles, recebeu por trĂȘs vezes o prĂȘmio Jabuti, e premiaçÔes da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Sobre o Centro Cultural Banco do Brasil BrasĂ­lia

Foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, apĂłs uma grande reforma de adaptação do EdifĂ­cio Tancredo Neves, com o objetivo de reunir em um sĂł lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possĂ­veis, para levĂĄ-las ao pĂșblico da capital. O edifĂ­cio Presidente Tancredo Neves faz parte de um conjunto de obras arquitetĂŽnicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com o seu imenso projeto paisagĂ­stico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prĂ©dio conta com amplos espaços de convivĂȘncia, cafĂ©, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde sĂŁo realizados.

Sobre os palestrantes

Maria Eugenia Boaventura – possui Bacharelado em LETRAS pela Universidade Federal da Bahia (1969), Licenciatura em LETRAS pela Universidade Federal da Bahia (1970), Mestrado em LETRAS pela Universidade de SĂŁo Paulo (1975) e Doutorado em Letras (Letras ClĂĄssicas) pela Universidade de SĂŁo Paulo (1980). Atualmente Ă© Professor Titular (ms6) da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiĂȘncia na ĂĄrea de CrĂ­tica e HistĂłria LiterĂĄrias, com ĂȘnfase nos seguintes temas: Modernismo, Oswald de Andrade, MĂĄrio Faustino, Literatura contemporĂąnea, CrĂ­tica genĂ©tica, CrĂ­tica textual, entre outros.

Regina Teixeira de Barros – Ă© doutora em EstĂ©tica e HistĂłria da Arte pela USP. Foi professora de HistĂłria da Arte e Estudos sobre Museus na Faculdade Santa Marcelina (2002-2016). Coordenou a equipe de pesquisa e a edição do CatĂĄlogo RaisonnĂ© Tarsila do Amaral (2006-2008). Foi curadora da Pinacoteca do Estado de SĂŁo Paulo entre 2003 e 2015, onde realizou diversas exposiçÔes, entre as quais Tarsila viajante (Pinacoteca e Malba, Buenos Aires, 2008) e Arte no Brasil: uma histĂłria do modernismo (2013). Desde 2016 Ă© pesquisadora e curadora independente, realizando exposiçÔes sobre arte do sĂ©culo 20 e contribuindo em publicaçÔes que visam a revisĂŁo da historiografia sobre da arte moderna no Brasil. Em 2018 recebeu prĂȘmios da ABCA e da APCA pela mostra Anita Malfatti: 100 anos de arte moderna (MAM-SP, 2017). Em 2021, curou a exposição Moderno onde? Moderno quando? (MAM-SP) em parceria com Aracy Amaral; e, em 2022, a mostra 100 anos da Semana de Arte Moderna em acervos do CearĂĄ, no Espaço Cultural Unifor, em Fortaleza.

Fred Coelho – Ă© pesquisador, escritor, curador e professor de graduação em Literatura e de PĂłs-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade no Departamento de Letras da PUC-Rio. Se formou e fez Mestrado em HistĂłria no IFCS da UFRJ. No Doutorado, fez Literatura, pela PUC-Rio. Publicou, entre artigos e organizaçÔes, os livros A Semana sem fim – CelebraçÔes e memĂłria da Semana de Arte Moderna de 1922 (Casa da palavra, 2012), Jards MacalĂ© – Eu sĂł faço o que quero (Numa, 2020), Livro ou livro-me – os escritos babilĂŽnicos de HĂ©lio Oiticica (EdUERJ, 2010) e Eu, brasileiro, confesso minha culpa e meu pecado – cultura marginal no Brasil 1960/1970 (Civilização Brasileira, 2010). Trabalhou como assistente de curadoria do MAM-Rio entre 2009 e 2011. Escreveu artigos, resenhas e ensaios para revistas e periĂłdicos como Ars, Zum, Sibila, Estudos HistĂłricos, Romantic Notes, Serrote, Revista de HistĂłria da Biblioteca Nacional, Acervo e JacarandĂĄ. Durante trĂȘs anos (fevereiro de 2015 a fevereiro de 2018) assinou uma coluna semanal no Segundo Caderno do jornal O Globo. Atualmente Ă© diretor do Solar Grandjean de Montigny, espaço cultural na PUC-Rio.

Luisa Duarte – Ă© crĂ­tica de arte, curadora independente e pesquisadora. Mestre em filosofia pela PUC-SP (2011). Doutora pelo Instituto de Arte da UERJ (2019). Foi por nove anos crĂ­tica de arte do jornal O Globo (2009/2017). Foi por cinco anos membro do Conselho Consultivo do MAM-SP (2009-2013). Foi curadora do programa Rumos Artes Visuais, Instituto ItaĂș Cultural (2005/ 2006). Foi coordenadora geral do ciclo de conferĂȘncias “A Bienal de SĂŁo Paulo e o Meio ArtĂ­stico Brasileiro – MemĂłria e Projeção”, plataforma de debates da 28a Bienal Internacional de SĂŁo Paulo, “Em Vivo contato…”, 2008.

Em 2011 fez a curadoria da mostra coletiva “Um outro lugar”, MAM-SP. Integrou a equipe de curadoria de Hans Ulrich Obrist para a mostra “The Insides are on the Outside”, Casa de Vidro de Lina Bo Bardi, SĂŁo Paulo, 2013. Organizadora do livro “Arte Censura Liberdade – ReflexĂ”es Ă  luz do presente”, Editora CobogĂł, 2018. Curadora da exposição “Adriana VarejĂŁo – por uma retĂłrica canibal”, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador e Museu de Arte Moderna AloĂ­sio MagalhĂŁes, Recife, 2019. Em 2019 foi curadora, ao lado de Solange Farkas, Miguel Lopez e Gabriel Bogossian da “21 Bienal Sesc VĂ­deo Brasil – Comunidades Imaginadas”, sendo responsĂĄvel tambĂ©m pela curadoria dos Programas PĂșblicos desta edição, Sesc 24 de Maio, SĂŁo Paulo. Curadora da exposição “JosĂ© Resende – Na membrana do mundo”, Fundação IberĂȘ Camargo, Porto Alegre (2021).

Agnaldo Farias – Ă© professor doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de SĂŁo Paulo. Foi curador geral do Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba, do Instituto Tomie Ohtake (2000/2012) e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1998/2000). Curador de exposiçÔes temporĂĄrias do Museu de Arte ContemporĂąnea da Universidade de SĂŁo Paulo (1990/1992). TambĂ©m foi curador geral da 29a. Bienal de SĂŁo Paulo (2010), da Representação Brasileira da 25a. Bienal de SĂŁo Paulo (1992), e Curador Adjunto da 23a. Bienal de SĂŁo Paulo (1996). Curador Internacional da 11a. Bienal de Cuenca, Equador (2011), do PavilhĂŁo Brasileiro da 54a. edição da Bienal de Veneza (2011), e Curador Geral da 3a. Bienal de Coimbra, 2019. No começo de tudo, em 1972, foi “roadie” (peĂŁo do rock) dos Novos Baianos, no ĂĄlbum “Acabou Chorare”. Recebeu o prĂȘmio “Melhor retrospectiva” da Associação Paulista de CrĂ­ticos de Arte – APCA, 1994, pela Exposição Nelson Leirner, e o PrĂȘmio Maria EugĂȘnia Franco, da Associação Brasileira de CrĂ­ticos de Arte – ABCA, pela melhor curadoria de 2011.

Guilherme Wisnik – Ă© professor, crĂ­tico e curador. Formado em Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP, 1998), Mestre em HistĂłria Social (FFLCH-USP, 2004), Ă© Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de SĂŁo Paulo. Professor Livre-Docente na FAUUSP junto aos cursos de graduação e pĂłs-graduação desde 2014, atua em programas de Cultura e ExtensĂŁo UniversitĂĄrias nas ĂĄreas de cultura, arquitetura, urbanismo, design e artes visuais. Co-lĂ­der do grupo de pesquisa Arquitetura, arte e cidade contemporĂąnea: projetos e obras, diĂĄlogos e fricçÔes. Foi Curador-Geral da 10a Bienal de Arquitetura de SĂŁo Paulo (IAB/SP, 2013). Autor dos livros Lucio Costa (Cosac Naify, 2001), Caetano Veloso (Publifolha, 2005), Estado crĂ­tico: Ă  deriva nas cidades (Publifolha, 2009, primeiro lugar na categoria trabalhos publicados no 24o PrĂȘmio Design do Museu da Casa Brasileira, em 2010), Dentro do nevoeiro: arquitetura, arte e tecnologia contemporĂąneas (Ubu Editora, 2018) e BolĂ­via 2016 (Circo de Ideias, 2018), e coautor de Espaço em obra: cidade, arte, arquitetura (EdiçÔes Sesc SĂŁo Paulo, 2018).

Atua regularmente nas associaçÔes, congressos, seminĂĄrios e encontros acadĂȘmicos das ĂĄreas de arquitetura, urbanismo e artes visuais, participando de bancas, mesas redondas, comissĂ”es julgadoras, e publicando em periĂłdicos do Brasil e do exterior. Recebeu o prĂȘmio Destaque 2018 da ABCA (Associação Brasileira de CrĂ­ticos de Arte) em maio de 2019. Publica regularmente artigos e ensaios em revistas acadĂȘmicas e especializadas no Brasil e no exterior.

Serviço:

ContingĂȘncias AntropofĂĄgicas / 100 anos depois de 22 – CCBB BrasĂ­lia
Local: Centro Cultural Banco do Brasil BrasĂ­lia (Setor de Clubes Sul, Tr. 2)
PerĂ­odo: dias 5, 6 e 7 de maio, Ă s 19h30
Ingressos: Entrada gratuita. Retirada de ingressos bb.com.br/cultura
Classificação indicativa: 14 anos.
Endereço – SCES, Trecho 2 – BrasĂ­lia/DF. Tel: 61 3108 7600.
Para mais informaçÔes: bb.com.br/cultura
Funcionamento – todos os dias, das 9h às 21h, exceto às segundas.